“É o primeiro escândalo de apostas esportivas que é comprovado no futebol brasileiro, e o que é engraçado é que na época não era crime, não tinha tipificação criminal e penal pra isso. Então hoje a gente vê a CPI buscando e investigando vários jogadores envolvidos em esquemas de apostas esportivas, sendo punidos por isso, e isso tudo é fruto do episódio do Edilson”, comentou Maia.
Em 2005, uma série de denúncias indicavam um esquema de manipulação de resultados em jogos da série A e B do Campeonato Brasileiro. Os árbitros Edilson Pereira de Carvalho e Paulo José Danelon interferiam nos resultados das partidas para ajudar apostadores a lucrarem com placares combinados.
Ambos foram banidos do futebol e denunciados pelo Ministério Público por estelionato, formação de quadrilha e falsidade ideológica. Os casos vieram a público durante o Campeonato Brasileiro de 2005, fazendo com que 11 partidas fossem realizadas novamente.
O escândalo alterou a classificação da competição, e o Corinthians se consagrou o campeão daquele ano, com três pontos a frente do segundo colocado, o Internacional. Caso os resultados originais fossem mantidos, o clube gaúcho teria vencido o Brasileirão com um ponto a mais que o time paulista.
“A gente vai recortar de uma forma que tem a pretensão de fazer a gente pensar ’Como é que uma figura como essa chega na posição que chegou e através de um esquema mambembe de operação clandestina e ilegal de resultado derruba um produto como futebol brasileiro?’”, contou Bruno Maia.
O dono da produtora Feel The Match também revelou que o ex-árbitro Edilson Pereira de Carvalho foi entrevistado e participará da produção.
O documentário será lançado em 2025, quando marcará 20 anos desde que a história veio à tona.
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