A produção de veículos no Brasil registrou queda de 26,8% em maio, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 7, pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Em comparação com abril de 2024, a redução também é alta — 24,9%. Esse número tem relação com as enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul no mês passado, que obrigaram a General Motors a paralisar as operações por 12 dias no Estado. A fábrica é responsável pela produção do Onix, o terceiro carro mais vendido do país em maio.
A tragédia ainda afetou outra grande montadora, a Volkswagen. Por falta de fornecimento de peças produzidas no RS, a marca suspendeu, nas duas últimas semanas de maio, a produção de automóveis em duas cidades paulistas, São Bernardo do Campo e Taubaté. Além disso, o mercado gaúcho, afetado pelas chuvas, representa 5% do nacional.
Ao todo, entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus, as montadoras brasileiras produziram “apenas” 166,7 mil unidades em maio. Contudo, no comparativo de janeiro a maio, 2024 está só 1,7% abaixo do ano passado. Neste ano, 926,8 mil veículos foram produzidos.
Mesmo com a queda na produção, as vendas de veículos no comparativo com 2023 estão em alta. As enchestes no RS afetaram os números, mas os 194,3 mil carros vendidos em maio representam uma superioridade de 10% em relação ao mesmo mês do ano passado.
No acumulado de janeiro a maio, os dados da Anfavea registram um aumento de quase 15% na compra de veículos dos brasileiros. Isso porque são 929,7 mil unidades emplacadas nos cinco primeiros meses do ano.
Embora o mercado interno esteja em alta, a exportação de veículos produzidos no Brasil não mostra reação. De abril para maio, os embarques de carros caíram 2,1% — apenas 26,8 mil unidades.