Os reeducandos da Colônia Agrícola Major César Oliveira, em Altos, estão sendo capacitados para o mercado de trabalho com cursos profissionalizantes na área da panificação. Na unidade penal, a produção diária de 3 mil pães abastece tanto a unidade penal quanto as penitenciárias vizinhas situadas no Complexo Penal de Altos.
Segundo a instrutora Rose Mardöll, consultora gastronômica pelo Sebrae, o foco do treinamento é ensinar a produzir os itens que possuem mais procura no mercado. “A gente trabalha com pão francês, massa fina, os pães comercializados nas padarias. Além disso, a gente faz a produção de salgados, como bomba, coxinha, empada e também bolos. Dessa forma, a gente dá a nossa contribuição para que, no momento, em que eles saírem daqui, possam ter ingresso ao mercado de trabalho ou até mesmo empreender, montando o seu próprio negócio”.
Pensando em uma nova vida após o cumprimento da pena com o novo aprendizado profissional, o interno Danilo já vê uma oportunidade de mudança de vida. “Onde eu moro tem poucas panificações e isso vai servir de aprendizado pra mim e pro meu futuro, pois lá, eu posso trabalhar e ter uma grande empresa.
Em funcionamento desde o dia 20 de fevereiro, a panificadora da Colônia Major César traz benefícios para o local, de acordo com Reginaldo Ribeiro, policial penal e gerente adjunto da unidade. “Conseguimos acrescentar pães ao nosso cardápio. Tanto no café da manhã quanto no jantar, acompanhando uma sopa. Antes o café da manhã, por exemplo, era apenas cuscuz”, relata.