O Piauí deve alcançar um novo recorde na produção de grãos em 2025, com uma estimativa de 6.561.318 toneladas. Esse número representa um crescimento de 13,38% em relação ao ano anterior, quando foram colhidas 5.787.221 toneladas. A expectativa marca a retomada de uma sequência de recordes que começou em 2017, interrompida apenas pela queda em 2024.
Entre os fatores que impulsionam esse crescimento, estão os avanços no cultivo de milho, com um aumento projetado de 442.613 toneladas, equivalente a 26,54%, e de soja, com um incremento de 241.525 toneladas, ou 6,34%. Com esse crescimento, o Piauí deverá responder por 2% da produção nacional de grãos, que alcançará 322,6 milhões de toneladas, segundo o IBGE.
A soja se mantém como o principal produto da produção agrícola piauiense, com uma previsão de 4.053.219 toneladas em 2025, representando 61,77% do total da safra estadual. O milho ocupa o segundo lugar, com uma produção estimada de 2.110.247 toneladas, ou 32,16% do total. Os dois grãos juntos correspondem a cerca de 94% da produção de grãos no estado. Outras culturas, como feijão, algodão herbáceo, fava, sorgo e arroz, também devem registrar aumentos significativos, reforçando a diversidade e a robustez da agricultura piauiense.
Infraestrutura
Para induzir esse crescimento, o governo estadual tem investido na infraestrutura de transporte, essencial para o escoamento da produção. O Anel Rodoviário da Soja, um conjunto de rodovias que conecta os principais polos agrícolas do sul do estado, recebeu investimentos de R$ 1,1 bilhão nos dois primeiros anos da gestão do governador Rafael Fonteles. Por meio do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), foram pavimentados 330 km de rodovias no território da Chapada das Mangabeiras, enquanto outros 263 km foram recuperados.
Além disso, projetos em andamento prometem expandir ainda mais a malha rodoviária da região, com a previsão de pavimentação de 332,88 km nos próximos anos. Entre as rodovias que compõem o Anel Rodoviário estão as PIs 397, 247, 392, 391 e a BR-330, estrategicamente localizadas para atender à zona produtora de grãos e integrar o Matopiba, última fronteira agrícola do Brasil formada pelos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.