Um dos contribuintes para as alterações climáticas estão em construções e estradas pelo mundo: o cimento, cuja fabricação responde sozinha por 8% das emissões globais de dióxido de carbono. Na corrida por materiais alternativos, uma startup da Califórnia desenvolveu uma abordagem que promete mudar tudo.
Como é a nova forma de fazer cimento sustentável?
- Os fabricantes de cimento aquecem os fornos a cerca de 1.400 °C para quebrar o calcário e separá-lo em dióxido de carbono e óxido de cálcio.
- O processo da Fortera suga o dióxido de carbono e o canaliza para uma máquina onde é transformado em sólido.
- Sua tecnologia funciona a cerca de 1.000 °C, o que requer menos energia e emite menos carbono.
- Quando o dióxido de carbono capturado é misturado ao óxido de cálcio, ele se transforma em uma espécie de calcário que fica parecido cimento molhado.
- Este produto, que a Fortera chama de ReAct, é misturado com outros ingredientes para fazer concreto. O processo reduz a emissão de carbono em cerca de 10%, diz a empresa.
- A Fortera usa uma mistura de 15% de ReAct em concreto, o limite permitido pelos padrões industriais atuais que regulam resistência e durabilidade.
Diferente de outros projetos, a tecnologia da Fortera pode ser amplamente instalada em fábricas de cimento, em vez de mudar o modo como a indústria funciona atualmente. A novidade já está operando em escala comercial e está sendo testada pela CalPortland, uma das maiores fábricas de cimento dos EUA. Os primeiros sacos de cimento sustentáveis estarão prontos no início de maio.
Vale mencionar que a Fortera foi uma das primeiras a converter dióxido de carbono em cimento em 2007. A startup afirma que sua tecnologia é uma opção economicamente competitiva para desacelerar o aquecimento do planeta. A Califórnia também aprovou uma lei em 2021 que exige a criação de uma estratégia para a indústria de cimento do estado para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em 40% até 2035.
As informações são do TechXplore