segunda-feira, julho 8, 2024
InícioPolíticaPrivatização da Sabesp: governo de SP diz que violência em sessão tenta...

Privatização da Sabesp: governo de SP diz que violência em sessão tenta “barrar ritos democráticos”

O governo de São Paulo repudiou, nesta quarta-feira (6), a confusão que aconteceu na Assembleia Legislativa (Alesp) durante a sessão sobre a privatização da Sabesp.

Segundo a administração de Tarcísio de Freitas (Republicanos), “o uso de violência e a depredação do patrimônio público” são usadas para “tentar dificultar o trabalho do legislativo e barrar ritos democráticos”.

Na Alesp, houve conflito com policiais militares e manifestantes que estavam nas galerias. Os oficiais utilizaram escudos balísticos e spray de pimenta.

Segundo informações do analista de política da CNN Iuri Pitta, havia uma fileira de policiais em frente o vidro que separa a galeria do plenário, e os manifestantes começaram a empurrá-los.

Posteriormente, houve confronto entre as duas partes, com empurrões e xingamentos. Com isso, o plenário foi esvaziado.

O principal objetivo do projeto é ampliar os investimentos para universalizar o saneamento básico, de acordo com informações do governo estadual. Esses recursos passariam a vir, então, do capital privado.

A previsão era de que a Sabesp investiria R$ 56 bilhões até 2033 para concretizar a meta de universalização estipulada pelo Novo Marco do Saneamento — que prevê 99% da população abastecida com água tratada e 90% com coleta e tratamento de esgoto na próxima década.

Com a privatização, a estimativa divulgada pelo governo é de que os investimentos sejam ampliados para R$ 66 bilhões e que o objetivo seja cumprido até 2029.

Do texto inicial, o relatório do deputado Munhoz acatou 26 emendas dos deputados, que foram consolidadas em quatro subemendas.

As principais alterações incluem:

  • dispositivos ligados ao fundo especial a ser criado pelo Estado para reduzir a tarifa;
  • a estabilidade dos atuais servidores da companhia por um período de 18 meses após a efetiva desestatização da empresa;
  • assegurar a formação de um conselho de orientação para a Sabesp que deverá contar com indicações do Legislativo.

A questão da tarifa é justamente um dos pontos que foram sido usados como argumento da oposição para tentar barrar o projeto.

Se o texto for aprovado e sancionado, o governo deverá criar o Fundo de Apoio à Universalização do Saneamento no Estado de São Paulo (FAUSP) e destinar 30% do valor de venda das suas ações, além de parte do lucro da empresa (dividendos).

Via CNN

MAIS DO AUTOR

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui