sábado, outubro 5, 2024
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Prisão padaria é encontrada nas ruínas de Pompeia

Uma pequena sala foi encontrada por arqueólogos nas ruínas de Pompeia, na Itália, revelando um passado sombrio da antiga cidade. O cômodo era usado como uma prisão, onde escravizados e animais eram colocados para moer grãos para produção de pães.

  • A prisão faz parte da construção de uma casa encontrada recentemente no sítio Regio IX, no Parque Arqueológico de Pompeia;
  • Ela consiste em uma sala apertada, onde a única iluminação consistia em pequenas janelas gradeadas construídas no alto das paredes;
  • Por causa de como era usada, ela recebe o nome de Prison Bakery, que em tradução significa Prisão Padaria.

A casa onde a prisão está localizada foi descoberta durante obras de segurança e consolidação das encostas que formam as bordas das áreas não escavadas da cidade de Pompeia. Ela era dividida em duas partes, a residencial, luxuosamente decorada com afrescos, e o “bairro produtivo”, onde o trabalho doméstico era realizado, nesse caso a padaria.

Em comunicado, os arqueólogos por trás da descoberta apontam que o local demonstra uma das piores partes da antiga cidade de Pompeia, onde é preciso imaginar que existiam pessoas com status servil cujo proprietário sentiu a necessidade de restringir sua liberdade de movimento.

É o lado mais chocante da antiga escravidão, aquele desprovido de relações de confiança e promessas de alforria, onde fomos reduzidos à violência bruta, impressão que é inteiramente confirmada pela fixação das poucas janelas com barras de ferro.

Gabriel Zuchtriegel, Diretor do Parque Arqueológico de Pompeia

A estrutura da prisão

Ilustração de como era um moinho de grãos (Crédito: Parque Arqueológico de Pompéia)

Durante as pesquisas, os cientistas localizaram a pedra do moinho na parte sul da sala central, que era conectada a um estábulo contendo um bebedouro. Ao redor dela, havia várias cavidades, esculpidas provavelmente para guiar os animais durante seus movimentos repetitivos.

Acredita-se que a pedra da Prisão Padraria era movimentada por um burro e um escravizado, que além de empurrar a pedra do moinho, também acumulava as funções de atiçar o animal e acompanhar o processo de moagem, adição de grãos e coleta da farinha.

Além disso, as ranhuras encontradas na prisão, indicam sinais de desgaste ocorridos pelo grande número de horas, ao longo de anos, do trabalho repetitivo realizado no local.

Via Olhar Digital

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