sábado, novembro 23, 2024
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Primeiro suicídio assistido em cápsula na Suíça leva a uma série de prisões; entenda

A polícia suíça prendeu diversas pessoas, depois da utilização de uma cápsula futurista destinada a permitir o suicídio assistido. As autoridades do país revelaram as informações nesta terça-feira, 24.

Os policiais de Schaffhausen, no norte da Suíça, próximo à fronteira com a Alemanha, relataram que a cápsula Sarco foi utilizada em uma floresta no município de Merishausen, na segunda-feira 23.

Promotores em Schaffhausen começaram os processos criminais contra indivíduos por “induzir, auxiliar e instigar suicídio”, declarou a polícia, ao acrescentar que várias pessoas foram detidas. Eles não divulgaram detalhes sobre os envolvidos nem os falecidos.

A testemunha do suicídio

Um porta-voz do grupo que criou a cápsula, The Last Resort, afirmou que a falecida era uma mulher norte-americana, de 64 anos, com um sistema imunológico gravemente comprometido.

Florian Willet, copresidente do The Last Resort, estava entre os quatro detidos, juntamente de um jornalista holandês e dois suíços, informou o porta-voz. Willet era a única outra pessoa presente no momento em que a mulher tirou a própria vida, segundo o porta-voz.

Em uma declaração emitida pelo The Last Resort, Willet descreveu a morte como “pacífica, rápida e digna”. O porta-voz do The Last Resort afirmou que a mulher passou por avaliações psiquiátricas antes de cometer o ato.

Philip Nitschke, o criador de cápsula de suicídio assistido | Foto: Denis Balibouse/Reuters
Philip Nitschke, o criador de cápsula de suicídio assistido | Foto: Denis Balibouse/Reuters

Como a Suíça atrai defensores do suicídio assistido

Um porta-voz dos promotores em Schaffhausen se recusou a fornecer detalhes ou confirmar que havia quatro detidos.

Com design aerodinâmico, a cápsula “Sarco” causa a morte quando seu ocupante libera gás nitrogênio em seu interior, reduzindo os níveis de oxigênio a um patamar letal. A cápsula é uma criação do médico australiano Philip Nitschke, conhecido por seu trabalho em suicídio assistido desde os anos noventa.

A Suíça atrai defensores do suicídio assistido por causa das leis que o permitem, e o The Last Resort afirmou que seu parecer jurídico mostrava que o dispositivo poderia ser utilizado legalmente.

A cápsula gerou grande atenção da mídia e debate entre as autoridades sobre a permissão de seu uso.

Elisabeth Baume-Schneider, ministra suíça da Saúde, afirmou na segunda-feira que a cápsula não cumpre os requisitos da lei de segurança do produto e que seu uso de nitrogênio não é compatível com a legalidade.

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Via Revista Oeste

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