O primeiro robô humanoide hábil da NASA agora pode ser conferido por todo o público no Museu Nacional do Ar e Espaço do Smithsonian, na Virgínia, EUA. O Robonaut-2 (R2) está exposto ao ar livre ao lado do ônibus espacial aposentado Discovery, que foi o responsável por conduzi-lo à Estação Espacial Internacional (ISS) durante sua missão final, em 2011.
Desenvolvido em parceria com a General Motors e a Oceaneering Space Systems, o “robô mordomo” de dois braços e duas pernas foi projetado para testar como máquinas semelhantes a humanos poderiam ajudar astronautas com tarefas no espaço. A NASA também planejava adotar a tecnologia na rotina de cientistas fora da ISS, poupando caminhadas espaciais, mas isso nunca se concretizou.
Os testes mostraram que R2 era capaz de pressionar botões, acionar interruptores e girar maçanetas, além de manusear ferramentas.
Quando lançado na missão, o robô tinha apenas o tronco; as pernas foram instaladas em 2014 – ano em que começou a apresentar problemas. As atualizações para acomodar os novos apêndices geraram falhas intermitentes de energia, e as tentativas da NASA de resolver o problema resultaram em mais curtos-circuitos.
Entçao, em 2018, o robô mordomo retornou à Terra a bordo de uma espaçonave SpaceX Dragon para passar por reparos. Como a NASA tinha outras prioridades, o robô permaneceu no Johnson Space Center, em Houston, e nunca mais voltou ao laboratório orbital.
De acordo com o site collectSPACE, o público poderá conferir a peça pelos próximos quatro anos – a não ser que a NASA resolva retirá-la para lançar de volta ao espaço. No entanto, isso não parece estar nos planos da agência.
Robô ocupa lugar da nave Gemini 7
O mordomo da NASA tomou o lugar anteriormente ocupado pela Gemini 7. A nave de 1965 estava disposta no Udvar-Hazy Center desde a sua inauguração, em 2003.
A cápsula de dois assentos foi realocada para o edifício principal do Museu do Ar e do Espaço no National Mall em Washington para se tornar parte da galeria “Destination Moon”.
“O R2 está olhando diretamente para o lado estibordo do Discovery”, disse Jennifer Levasseur, curadora de história espacial do museu, em entrevista ao collectSPACE. “Ela tem uma viseira tão bonita e reflexiva que acho que haverá algumas selfies incríveis saindo dela”.