terça-feira, novembro 12, 2024
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Primeiro leilão de quadro pintado por robô arrecada US$ 1 milhão

A casa de leilões inglesa Sotheby’s fez a primeira venda de um quadro pintado por inteligência artificial (IA) do mundo. Ai-Da, uma igualmente pioneira robô ultra realista, é a autora da obra, que arrecadou US$ 1,08 milhão (R$ 10,3 milhões) em lance final, na última quinta-feira, 7.

O quadro, intitulado AI God, é um retrato de Alan Turing, o matemático cujo trabalho lançou as bases da computação moderna e da inteligência artificial. O valor arrecadado no leilão supera em quase dez vezes o mínimo estimado inicialmente pela casa de leilões, de US$ 120 mil (R$ 691,7 mil).

Fundada em 1744, em Londres, a Sotheby’s definiu o evento como “um evento histórico, que marca a inclusão da arte gerada por IA de um robô humanoide em um leilão de arte mundialmente renomado”. O quadro, diz o texto publicado no site da empresa, “ilustra que a arte pode ser produzida através da colaboração entre a intenção humana e os processos algorítmicos”.

A casa de leilões também acredita que a própria existência da robô Ai-Da deveria levar os espectadores a repensarem suas interações com a tecnologia. “Isso é particularmente pertinente à medida que tecnologias movidas por IA, como Siri e Alexa, se tornam mais integradas à vida cotidiana, levantando questões sobre identidade e autenticidade na era digital.”

Robô já fez exposição na ONU

O trabalho de Ai-Da já havia sido exibido no início de 2024, durante o evento AI for Good Global Summit, na sede da Organização das Nações Unidas, em Genebra, Suíça. Lá, houve a apresentação tanto da homenagem a Turing quanto de outros quadros pintados pela robô. 

A curadoria incluiu uma pintura de Ada Lovelace, reconhecida hoje por ter escrito o primeiro algoritmo para ser processado por uma máquina, e um autorretrato de Ai-Da. A robô, comentou a Sotheby’s, “faz a ponte entre o passado e o futuro da inteligência artificial”. 

“Por meio de seu estilo fragmentado e emotivo, Ai-Da levanta um espelho para a sociedade, instando-nos a considerar os futuros que desejamos criar em um mundo onde as fronteiras entre humano e máquina estão cada vez mais tênues.”



Via Revista Oeste

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