quinta-feira, setembro 19, 2024
InícioInternacionalPrevisões depois dos ataques às Torres Gêmeas

Previsões depois dos ataques às Torres Gêmeas

Muito se falou que depois dos ataques terroristas às Torres Gêmeas, em 11 de setembro de 2001, em Nova York, o mundo não seria o mesmo. As mudanças realmente vieram. A tal nova era de ameaças, hostilidades e desconfianças que os especialistas previram é uma das realidades do momento.

Em entrevista a Oeste, a professora de Relações Internacionais da ESPM, Denilde Holzhacker, explica a gênese desta nova ordem mundial, em que os Estados Unidos, que prossegue como protagonista e representante do Ocidente, tem visto a China e a Rússia ganharem influência em várias regiões.

Os conflitos de interesses entre este trio de potências revela em grande parte, segundo a professora, o momento de instabilidade atual.

Outros países, como o Irã e a Coreia do Norte, ganharam influência no rastro de grupos terroristas que cresciam, se desfaziam e se transformavam em proxies (representantes). Ramos da enfraquecida Al-Qaeda, autora dos ataques em Nova York, se tornaram o Estado Islâmico. Que se enfraqueceu e acabou se pulverizando em vários outros grupos na região.

As questões de segurança interna e inteligência viraram prioridade. Muitos países adotaram políticas mais rígidas de vigilância em ruas e shoppings, além de controle de fronteiras. Os Estados Unidos, principalmente.

Os seguidos governos norte-americanos buscavam controlar os grupos inimigos, no Iraque, Afeganistão e Síria, por meio de intervenções militares.

“Nestas duas últimas décadas se formaram dois grupos: de um lado o dos países que os EUA definem como ameaças, que eram do eixo de desestabilização, como Irã, Coreia do Norte e todos os países que elogiam grupos terroristas”, afirma a professora.

“De outro, o de países emergentes que ganham força econômica e se aproveitam das brechas dessa nova conjuntura para cada vez mais ser atuantes internacionalmente e ganhar mais protagonismo.”

Interesses da Rússia e da China

Apesar de ter sido sempre protagonista, a Rússia se encaixa neste perfil, já que ressurgiu como nação independente com o fim da União Soviética, em 1991. O outro “emergente” seria a China e alguns países islâmicos em busca de mercados.

“A Rússia entra nesta lista em um sentido muito mais militar, vai explorar os conflitos para ganhar peso como fornecedor de armas importante e ser aliado destes países próximos do eixo”, afirma a professora.

“A China entra em com uma ação mais econômica, de dar suporte a investimentos para ocupar os espaços que os norte-americanos não estavam mais ocupando, em função das guerras que estavam envolvidos.”

Desta maneira, prossegue, a China busca substituir a influência norte-americana em várias partes do mundo.

Justamente em um momento em que este país asiático perdeu fôlego no crescimento econômico e se depara com a gradual, mas visível, redução de sua população, mais envelhecida.

Para o governo chinês, a busca de novos mercados e influências regionais, inclusive para a obtenção de recursos naturais, é uma necessidade crescente.

“A estratégia da China é mais econômica do que militar, mas amplia o seu poder militar ao logo deste período.”

Via Revista Oeste

MAIS DO AUTOR

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui