A Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou a prisão de dois suspeitos de envolvimento na negociação das metralhadoras furtadas do Arsenal de Guerra do Exército em Barueri, na Grande São Paulo, em 2023, com o Comando Vermelho (CV). As prisões foram efetuadas na noite desta quinta-feira, 11.
Jesser Marques Fidelix, conhecido como Jessé, e Márcio André Geber Boaventura Júnior foram detidos pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) em um condomínio de luxo em Santana de Parnaíba, também na Grande São Paulo. A ação policial foi desencadeada a partir de uma denúncia anônima que levou os agentes até os suspeitos.
Além das prisões, a DRE está cumpre, na manhã desta sexta-feira, 12, nove mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e em São Paulo. A ação tem como alvo supostos parceiros da dupla presa na noite anterior.
O delegado Pedro Cassundé afirmou que postagens nas redes sociais auxiliaram as forças policiais na operação. Ele falou sobre a ação à TV Globo.
“A partir de um vídeo que foi circulado na internet, nós começamos a investigar”, disse Cassundé. “Conseguimos identificar, através das declarações de um colaborador, que Jessé e Márcio estariam negociando para empregar essas armas de fogo na guerra da Zona Oeste, entre o Comando Vermelho e a milícia, ali na região da Gardênia e Cidade de Deus.”
O furto das metralhadoras do Exército
O furto das 21 metralhadoras ocorreu em 7 de setembro de 2023, durante o desfile militar em celebração à Independência do Brasil. Em fevereiro, a Justiça Militar tornou oito acusados réus no caso, por suposta participação direta ou indireta no furto das armas do Exército.