Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o preso Welbert Souza Fagundes dentro da cadeia, fumando um cigarro e ouvindo pagode. Ele é o criminoso que matou o sargento da Polícia Militar (PM) Roger Dias, em janeiro deste ano.
O crime aconteceu durante uma perseguição no bairro Novo Aarão Reis, em Belo Horizonte. No dia do assassinato, Welbert Souza deveria estar na prisão. Estava na rua porque não havia retornado da “saidinha” de Natal.
Esse homem matou o Sgt.Dias e simplesmente está na cadeia ouvindo pagode e fumando. Sinceramente… não vou comentar porque é capaz da esquerda achar meu comentário pior do que o criminoso. pic.twitter.com/njRigaQWp1
— Nikolas Ferreira (@nikolas_dm) May 14, 2024
À época, a Associação de Magistrados Mineiros (Amagis) disse por meio de nota que é “lamentável” vincular o ataque a tiros à decisão que concedeu o benefício da saída temporária.
O órgão afirmou que o caso reflete problemas supostamente mais complexos, como a “desigualdade social” e a existência de uma sociedade “cada vez mais violenta”.
Quem era o sargento da PM Roger Dias
O sargento Dias completaria 30 anos em 27 de janeiro, 20 dias depois de sua morte. Ele deixou a mulher e uma filha recém-nascida.
Além disso, PM foi baleado horas antes de completar dez anos de serviço na PM-MG. Antes de morrer, ficou quase dois dias internado no Hospital João XXIII, passou por duas cirurgias e não resistiu aos ferimentos.
Welbert foi encaminhado ao Presídio Nelson Hungria, em Contagem (MG). Segundo informações da Rádio Itatiaia, o criminoso foi encontrado ferido dentro da cela em 30 de abril.
Ele afirma que se machucou propositadamente para “protestar contra os maus-tratos” que recebe na prisão. Em 1º de maio, colocou fogo no colchão da cela da enfermaria do presídio. A defesa do assassino do sargento Dias pediu que a sanidade mental dele seja analisada por uma perícia do Tribunal de Justiça.