“Eu não vejo outra alternativa. Se a gente for viver apenas das receitas de televisionamento ou no máximo de um patrocínio de camisa, a gente nunca vai chegar num volume expressivo, como o time do Flamengo. Junto ao Flamengo você tem um Palmeiras, Corinthians, São Paulo, o próprio Atlético-MG. São times que têm receitas gigantescas que a gente nunca vai conseguir chegar nesse patamar se a gente não tiver um investidor”, declarou.
Eleito em 2023, a gestão de Yuri Romão tem colocado as contas do clube em dia. O Sport parou de atrasar salários aos atletas e diminuiu a dívida ativa praticamente pela metade. O mandatário contratou uma auditoria que apontava um endividamento de aproximadamente R$ 330 milhões. A previsão do clube é, para que no final deste ano, chegue a R$ 148 milhões.
“O Sport tem uma cultura arraigada nas suas veias, é um time que sempre gosta de jogar propositivamente, no ataque. Esse investidor não pode chegar e querer fazer algo diferente daquilo que a torcida gosta e pede. Então esse é um desafio, fazer um alinhamento de objetivos, onde a gente possa ganhar desportivamente e onde o investidor possa também ter de volta parte dos lucros de operações que podem ser feitas”, complementou.
Segundo o Yuri, a receita do clube deve girar em torno de R$ 110 milhões, se levar em consideração a receita não recorrente. Neste mesmo cálculo, o Flamengo, em 2023, chegou a R$ 1,3 bilhão. Mais de dez vezes a mais que o Leão da Ilha.
“Só há uma solução para que não haja um aumento nesse fosso, que já é gigantesco, e seria a chegada de fato de um investidor nos clubes nordestinos. Nós temos bons clubes, tanto no Ceará, como na Bahia, em Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte. Então a chegada de investidores é a única forma de você conseguir acompanhar, até do ponto de vista competitivo, essas equipes maiores que estão aqui no Sudeste”, concluiu.