Após a confirmação de que o jogo de volta da semifinal da Libertadores entre Peñarol e Botafogo não seria mais realizado no Estádio Campeón del Siglo, mas sim no Estádio Centenário, o presidente do clube, Ignacio Ruglio, comentou sobre a mudança.
“Não nos deixaram outra opção. Ou se jogava sem público ou no exterior”
Ignacio Ruglio, presidente do Peñarol
“Nós, dirigentes, queríamos jogar essa partida com nossos torcedores e não com portões fechados. Tivemos a recomendação da AUF (federação uruguaia) e do Ministério do Interior (para jogar no Centenário) com torcida. Ideia que obviamente não nos agradou no início, porque era aceitar um precedente de que sairíamos da nossa casa”
Ruglio também mencionou a insatisfação com a situação:” Como parte da negociação, Peñarol disse que nos parecia muito injusto que o Botafogo tivesse feito o que quis no Brasil. Nos falaram que há expedientes abertos e haverá sanções. Nós dissemos que precisávamos ter alguma certeza no tema dos presos no Brasil. Como parte da negociação de aceitar jogar no Centenário, botamos como prioridade que a AUF, o governo uruguaio, Botafogo e a Conmebol se comprometam a partir de quinta-feira a se instalar no Rio de Janeiro até que nossos detidos voltem ao Uruguai.”
“Voltamos a repetir que não era a solução que queríamos. Mas muitas vezes temos que tomar decisões. Mas as 17h ou 18h da tarde, nos comunicaram que a partida seria retirada do Uruguai ou seria sem público. E a menos pior das soluções era jogar no Centenário. Conversamos como nossos jogadores e comissão técnica, e o que eles queriam era estar com nosso público”, finalizou.