O presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, se mostrou surpreso com a demissão de Fernando Diniz do cargo de treinador da Seleção Brasileira. No início de julho, a CBF fez um acordo com o clube carioca, que o liberou para fazer ambas as funções.
Na sexta-feira (5), um dia depois de reassumir a presidência da CBF após ficar afastado por quase um mês por decisão judicial, Ednaldo Rodrigues avisou Bittencourt que terminaria o contrato de Diniz. Depois ligou para o treinador, que ficou decepcionado, segundo relato de pessoas próximas.
“O contrato do Fernando ia até o meio de 2024, e em nenhum momento foi combinado que seria interrompido antes. Não houve movimento do Fluminense neste sentido de interromper agora em janeiro. Esse movimento partiu da CBF”, disse Mário Bittencourt neste domingo (7), em passagem pelo velório de Zagallo, na sede da CBF, no Rio.
Ednaldo Rodrigues oficializou uma proposta a Dorival Júnior, técnico do São Paulo, que deve aceitar. Ele só topou negociar com o cargo livre, por respeito a Diniz, com quem tem amizade. Dorival vai conversar com os dirigentes do São Paulo e até segunda-feira (8) dar a resposta, que deve ser positiva. Dorival já é tratado nos bastidores da confederação como o próximo treinador do Brasil.
A opção por Dorival Júnior ocorre após um desempenho ruim de Diniz nos seis jogos que fez comandando a Seleção Brasileira, todos pelas Eliminatórias para a Copa de 2026. Foram duas vitórias, um empate e três derrotas. O time virou o ano na sexta colocação, com sete pontos, no limite para se classificar ao Mundial.
Na semana passada, o preferido de Ednaldo para o cargo, Carlo Ancelotti, renovou o contrato com o Real Madrid, da Espanha, até 2026. O italiano conversou algumas vezes com Ednaldo, a CBF chegou a falar de valor de salário e tempo de contrato com o estafe do treinador, mas o italiano preferiu ficar na Europa.