sábado, outubro 5, 2024
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Presidente de Portugal diz que país deve ‘pagar custos’ por tráfico de escravos

O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, disse que o país deve “pagar custos” por tráfico de escravos. Na declaração desta terça-feira, 24, ele afirmou que a nação cometeu crimes durante a era colonial e das navegações transatlânticas.

Países europeus transportaram à força por longas distâncias cerca de 12,5 milhões de africanos sequestrados, por navios. Em seguida, vendiam como escravos. O tráfico de escravos aconteceu por mais de quatro séculos. Portugal era o principal responsável pelo transporte.

Os principais destinos eram as Américas, onde os sobreviventes das viagens acabavam trabalhando forçado em plantações, enquanto outros lucravam com seu trabalho. O Brasil e o Caribe são os locais que mais receberam escravos.

Sozinho, Portugal traficou quase 6 milhões de africanos, metade do total e mais que qualquer outro país da Europa. De acordo com o portal UOL, as escolas portuguesas não ensinam muitos detalhes sobre o papel do país na era escravidão.

A crítica de Rebelo de Sousa se deve ao fato de o país enxergar com orgulho a era colonial de Portugal. Na época, o país europeu dominou Angola, Moçambique, Brasil, Cabo Verde, Timor Leste e partes da Índia.

Portugal “assume total responsabilidade” pelos erros do passado, diz Rebelo de Sousa

Marcelo Rebelo de Sousa
Marcelo Rebelo de Sousa tem razões para comemorar, já que foi reeleito presidente de Portugal | Foto: Reprodução/Twitter

Durante um evento com representantes estrangeiros na noite desta terça-feira, o presidente de Portugal disse que o país “assume total responsabilidade” pelos erros do passado e que esses crimes, incluindo massacres coloniais, tiveram “custos”.

“Temos que pagar os custos”, disse presidente de Portugal. “Há ações que não foram punidas e os responsáveis não foram presos? Há bens que foram saqueados e não foram devolvidos? Vamos ver como podemos reparar isso.”

A fala acontece enquanto a ideia de pagar reparações ou tomar outras medidas pela escravidão transatlântica ganha força em todo o mundo. Países da África e do Caribe e os Estados Unidos apoiam a criação de um painel na Organização das Nações Unidas para tratar o assunto.

Via Revista Oeste

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