Apesar do aumento no apoio aos partidos de direita nas recentes eleições ao Parlamento Europeu, a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, destacou a manutenção do centro político. “Continua a haver uma maioria no centro para uma Europa forte – e isso é crucial para a estabilidade”, disse Von der Leyen em Bruxelas, no domingo 9. “O centro se mantém.”
As eleições do Parlamento Europeu começaram na quinta-feira 5 e se encerraram no domingo 9. Os 27 países que integram a União Europeia mobilizaram cerca de 373 milhões de eleitores nesse período de votação.
A expectativa é que o Partido Popular Europeu (PPE), ao qual Von der Leyen pertence, permaneça como o maior grupo político no Parlamento Europeu, com 189 assentos.
Manutenção do centro político
Von der Leyen ressaltou a responsabilidade que os partidos de centro têm diante desse novo cenário. “Podemos divergir em pontos individuais, mas todos temos interesse na estabilidade e todos queremos uma Europa forte e eficaz”, afirmou.
A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, também comentou os resultados, destacando que a sondagem à boca de urna mostra que “o centro construtivo e pró-europeu se manteve”.
Como funciona o pleito
Com sedes em Estrasburgo (França) e Bruxelas (Bélgica), o Parlamento Europeu tem 720 assentos a serem preenchidos. A saída do Reino Unido do bloco europeu resultou na eliminação de 31 vagas no Poder Legislativo.
O pleito, realizado a cada cinco anos, utiliza o método de representação proporcional para eleger os candidatos. A dinâmica estabelece o número de assentos com base na população de cada país. Contudo, todas as nações elegem pelo menos seis membros para o Parlamento.
Segundo as projeções da comissão eleitoral europeia, divulgadas às 21 horas de domingo, a direita foi a grande vencedora.
O Partido Popular Europeu, liderado por Ursula von der Leyen, atual presidente da Comissão Europeia, obteve mais 13 cadeiras, somando 189 deputados.