O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, usou sua conta do Twitter/X, nesta quinta-feira, 15, para propor uma solução para a Venezuela.
O ex-guerrilheiro das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) afirmou que, se o ditador Nicolás Maduro seguir a experiência da Frente Nacional Colombiana, conseguirá uma solução definitiva para seu país.
A Frente Nacional Colombiana ocorreu de 1958 a 1974. Foi um acordo entre o Partido Liberal e o Partido Conservador para dividir o poder. O objetivo era pacificar o país, que vivia sob violência política.
“Depende de Maduro para que haja uma solução”
De acordo com Petro, depende de Maduro para que haja uma solução política para o país bolivariano. “A experiência da Frente Nacional Colombiana, se usada transitoriamente, pode ajudar à solução definitiva”, escreveu.
Além disso, Petro afirmou que Maduro deve:
- fazer um levantamento de todas as sanções contra a Venezuela;
- conceder anistia geral, nacional e internacional;
- fazer um governo de coalizão; e
- convocar novas eleições livres.
O ex-guerrilheiro das Farc também afirmou que “um acordo político interno” na Venezuela é o “melhor caminho para a paz”. “Depende somente dos venezuelanos.”
“Os povos que vivem nas fronteiras podem sentir-se tranquilos”, afirmou Petro. “As fronteiras vão continuar abertas para melhorar a prosperidade comum dos nossos povos.”
Lula se junta a Petro na defesa de eleições livres na Venezuela
Ainda nesta quinta-feira, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, deu uma declaração parecida com a de Petro. Em entrevista à rádio T, do Paraná, o petista disse que, “se Maduro tiver bom senso, poderia tentar fazer uma conclamação ao povo da Venezuela, quem sabe até convocar novas eleições”.
“Criar um comitê eleitoral suprapartidário em que participe todo mundo e que entrem olheiros do mundo inteiro”, afirmou Lula.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, concordou com Lula e com Petro. Perguntado por um repórter na Casa Branca se ele apoia a realização de um novo pleito na Venezuela, Biden respondeu: “Apoio”.