sexta-feira, novembro 22, 2024
InícioPolíticaPresidente da CNA diz que não quer falar com Lula

Presidente da CNA diz que não quer falar com Lula

Em um evento da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que reuniu parlamentares e empresários, o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, criticou o governo federal e disse que se recusa a dialogar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a MP do PIS/Cofins.

O líder da entidade foi convidado pelo secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, para negociar a MP 1227/24 com Lula.

“Eu não quero falar com o presidente Lula”, disse Martins. “Eu me recuso a falar com o presidente Lula, porque estamos vivendo um desgoverno. Vocês que fazem o Congresso, que fazem com que no Congresso as coisas aconteçam, está na hora de a gente dizer que o país precisa de um plano para poder se desenvolver. O país não pode ficar à mercê do momento que o agro vai bem, o país vai bem.”

Durante o evento, o presidente da FPA, Pedro Lupion (PP-PR), anunciou o cancelamento do leilão de importação de arroz da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o que gerou aplausos e comemorações. A senadora Teresa Cristina (PP-MS), ex-ministra da Agricultura no governo Jair Bolsonaro (PL), também recebeu aplausos ao criticar a medida provisória.

Teresa Cristina afirmou que a MP do Equilíbrio Fiscal, apelidada de “MP do Fim do Mundo” pelo setor produtivo, prejudica as empresas. “Imagine que as empresas precisam recolher agora, no dia 20, o PIS/Cofins”, observou. “Muitas não têm dinheiro em caixa e precisarão pegar dinheiro emprestado. Nós deveríamos devolvê-la”.

O que é a ‘MP do Fim do Mundo’, proposta pelo governo Lula?

Lula, com a mão direita no rosto; ele está no Palácio do Planalto, em Brasília, usando paletó preto, gravata vinho e camisa azul claro; ele está com semblante de alguém sério, pensativo; atrás dele, há a bandeira do Brasil
O presidente Lula, durante café com jornalistas no Palácio do Planalto – 23/04/2024 | Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo

A MP, anunciada em 4 de junho, limita o uso dos créditos de PIS/Cofins. A medida permite apenas que abatam o próprio imposto. Antes, os créditos podiam ser usados para abater outros tributos que deviam à União.

A medida também encerra o ressarcimento em dinheiro do crédito presumido de PIS/Cofins. O impacto negativo se estende a setores como agronegócio, fortemente afetado.

Cerca de 70 entidades empresariais, que incluem mineração, petróleo, gás, agronegócio e exportação, pressionaram o Congresso Nacional para derrubar a MP. Parlamentares de 27 frentes também condenaram a falta de consulta prévia do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, atribuiu as reações a um “mal-entendido” e minimizou os impactos alegados. Ele destacou o aumento dos gastos tributários com créditos de PIS/Cofins nos últimos três anos.

Via Revista Oeste

MAIS DO AUTOR

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui