terça-feira, julho 2, 2024
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Presidente da CNA diz que não quer falar com Lula

Em um evento da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que reuniu parlamentares e empresários, o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, criticou o governo federal e disse que se recusa a dialogar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a MP do PIS/Cofins.

O líder da entidade foi convidado pelo secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, para negociar a MP 1227/24 com Lula.

“Eu não quero falar com o presidente Lula”, disse Martins. “Eu me recuso a falar com o presidente Lula, porque estamos vivendo um desgoverno. Vocês que fazem o Congresso, que fazem com que no Congresso as coisas aconteçam, está na hora de a gente dizer que o país precisa de um plano para poder se desenvolver. O país não pode ficar à mercê do momento que o agro vai bem, o país vai bem.”

Durante o evento, o presidente da FPA, Pedro Lupion (PP-PR), anunciou o cancelamento do leilão de importação de arroz da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o que gerou aplausos e comemorações. A senadora Teresa Cristina (PP-MS), ex-ministra da Agricultura no governo Jair Bolsonaro (PL), também recebeu aplausos ao criticar a medida provisória.

Teresa Cristina afirmou que a MP do Equilíbrio Fiscal, apelidada de “MP do Fim do Mundo” pelo setor produtivo, prejudica as empresas. “Imagine que as empresas precisam recolher agora, no dia 20, o PIS/Cofins”, observou. “Muitas não têm dinheiro em caixa e precisarão pegar dinheiro emprestado. Nós deveríamos devolvê-la”.

O que é a ‘MP do Fim do Mundo’, proposta pelo governo Lula?

Lula, com a mão direita no rosto; ele está no Palácio do Planalto, em Brasília, usando paletó preto, gravata vinho e camisa azul claro; ele está com semblante de alguém sério, pensativo; atrás dele, há a bandeira do Brasil
O presidente Lula, durante café com jornalistas no Palácio do Planalto – 23/04/2024 | Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo

A MP, anunciada em 4 de junho, limita o uso dos créditos de PIS/Cofins. A medida permite apenas que abatam o próprio imposto. Antes, os créditos podiam ser usados para abater outros tributos que deviam à União.

A medida também encerra o ressarcimento em dinheiro do crédito presumido de PIS/Cofins. O impacto negativo se estende a setores como agronegócio, fortemente afetado.

Cerca de 70 entidades empresariais, que incluem mineração, petróleo, gás, agronegócio e exportação, pressionaram o Congresso Nacional para derrubar a MP. Parlamentares de 27 frentes também condenaram a falta de consulta prévia do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, atribuiu as reações a um “mal-entendido” e minimizou os impactos alegados. Ele destacou o aumento dos gastos tributários com créditos de PIS/Cofins nos últimos três anos.

Via Revista Oeste

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