O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, processou o jornalista esportivo da TV Bandeirantes João Paulo Cappellanes pelos crimes de calúnia, injúria e difamação. A ação corre na 1ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP).
De acordo com informações do jornal Folha de S.Paulo, o caso está na Justiça desde março, quando os advogados do cartola protocolaram o pedido.
Capellanes afirmou, na edição do programa Jogo Aberto do dia 22 de fevereiro, que o presidente da CBF é “frouxo”. A atração é famosa pela apresentação de Renata Fan e os comentários do ex-jogador Denilson.
“Dá para esperar alguma coisa da CBF, que tem um presidente frouxo, que não tem comando e que não sabe nada de futebol?”, perguntou Cappellanes, à época. “Dá para esperar alguma coisa dessa entidade falida moralmente? Não dá, gente!”
O contexto da crítica ao presidente da CBF
No caso específico, o jornalista cobrou medidas da entidade máxima do futebol brasileiro, depois de torcedores do Sport Recife jogarem pedras e bombas em ônibus do Fortaleza. Os atos de vandalismo ocorreram depois de um jogo pela Copa do Nordeste. Alguns atletas e membros do clube ficaram gravemente feridos.
A Justiça marcou uma audiência de conciliação, para que as partes se entendam e, assim, o processo tenha uma definição. O encontro deve ocorrer no dia 23 de setembro de 2024.
Ainda conforme a Folha, o presidente Ednaldo interpretou a palavra “frouxo” como uma ofensa pessoal que “passou do aceitável”. Pelas redes sociais, Cappellanes se defendeu das acusações e reforçou a mensagem.
“Presidente Ednaldo, se o senhor ficou chateado, lamento”, disse o jornalista. “Não retiro nada do que disse. E o senhor sabe o motivo. Ou o senhor esqueceu que nos deu a sua palavra, do que prometeu para nós, e não cumpriu?”