Sócio do Boca Juniors, o atual presidente da Argentina, Javier Milei, foi xingado por torcedores ao chegar para a votação das eleições presidenciais do clube, que acontecem neste domingo (17), em Buenos Aires.
“Ladrão!” foi um dos xingamentos que Milei ouviu de pessoas presentes na Bombonera, além de reclamações sobre as nomeações para os ministérios. “Você colocou toda a casta!”, gritou um torcedor do Boca.
Apoiador de Javier Milei nas eleições presidenciais da Argentina, Mauricio Macri, candidato à presidência do Boca Juniors e ex-presidente da Argentina, lamentou o episódio.
“Que vergonha ver imagens de senhores que se dizem torcedores do Boca, quando na realidade são tremendamente mal-educados e não espotâneos, insultando o presidente da República em vez de festejar que ele vá votar pelo futuro do nosso querido clube. O que vimos, lamentavelmente, é o que vem passando com o Boca há quatro ano. Espero pelo futuro de nosso clube que isso termine hoje e mude de uma vez”, publicou Macri nas redes sociais.
Qué vergüenza ver imágenes de señores que dicen ser hinchas de Boca, cuando en realidad son tremendos maleducados y no espontáneos, insultando al presidente de la República en vez de festejar que vaya a votar por el futuro de nuestro querido club. Lo que vimos, lamentablemente,…
— Mauricio Macri (@mauriciomacri) December 17, 2023
Macri foi presidente do Boca no fim da década de 1990 e início dos anos 2000 e tenta voltar ao comando do clube. No pleito, ele enfrenta um antigo desafeto, o ídolo Juan Román Riquelme.
Torcedor do Boca Juniors desde a infância, Javier Milei já confessou ter trocado o clube do coração pelo maior rival, o River Plate, declaração que não repercutiu bem entre boa parcela da torcida xeneize.
Em entrevista ao jornal espanhol El País, Milei relatou o gradual afastamento do Boca, para quem sempre torceu. Segundo ele, não gostou do retorno de Riquelme ao clube, em 2013, por exemplo. Cinco anos depois, quando o Boca perdeu a final da Libertadores para o River Plate, Milei torceu contra o próprio time.
“Eu estava assistindo ao jogo e quando Gago entrou, claramente um ato de populismo, torci para o River. Não quero torcer para um time que toma decisões populistas. Já basta viver em um país populista. Para mim, foi um péssimo jogador, uma das maiores mentiras do futebol argentino. Assim, me tornei anti-Boca”, contou ao jornal.