“No futuro pode [virar SAF]. O Santos está se preparando, acredito que primeiro nós temos que ter uma gestão. Da gestão, fazer essa estruturação necessária para que nós tenhamos uma nova valorização. O Santos tem uma marca reconhecida mundialmente, mas um tanto arranhada nos últimos tempos. Não é o momento. Mesmo que você tenha uma situação tão grave financeiramente, de você estar hoje tendo a única alternativa, tendo uma transformação no nosso estatuto possibilitando uma SAF“, disse o mandatário.
Referência na revelação de grandes talentos, o Santos é protagonista nas categorias de base do Brasil. Os Meninos da Vila, como são chamados os jovens formados pelo clube, já foram responsáveis por livrar o time em momentos de crise, além de encherem os cofres do clube praiano.
Na lista das maiores vendas do futebol brasileiro, Neymar e Rodrygo aparecem no primeiro e no quinto lugar, respectivamente. Os dois juntos renderam aproximadamente R$ 719 milhões de reais para o Santos.
Para Marcelo Teixeira, a venda de jogadores é uma forma de evitar a adesão à SAF.
“Nós alcançamos um volume de R$ 200 milhões nessa negociação [Rodrygo]. Se você comparar o valor de uma negociação feita de um jogador naquilo que alguns clubes fizeram, já dando como única opção a SAF, é um valor, nesta opção, irrisória. Se você vende dois desses jogadores, praticamente você está criando uma alterativa e não optando pela SAF nesse momento“, explicou.
O presidente revelou que hoje o Santos possui um passivo de R$ 700 milhões de reais, e que o rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro deixou o clube em uma situação “drástica”.
“Geralmente, quando o clube desce, você tem menos da metade das receitas que estavam previstas no orçamento de 2024. Por tanto nós temos que readequar este orçamento”, disse.
“Fizemos uma auditoria interna com as nossas equipes e nós apuramos que nós tínhamos já, aproximadamente, R$ 65 milhões em aberto apenas no exercício de 2023. Apenas como pendências no ano passado. Então nós já temos um compromisso assumido e temos que cumprir com os pagamentos do ano passado na ordem de quase R$ 70 milhões de reais. Então isso é grave, gravíssimo“, concluiu Teixeira.