O preferido de Ednaldo Rodrigues para ser o técnico da Seleção brasileira até a Copa do Mundo de 2026 é Dorival Júnior, atualmente no São Paulo.
Mas ao receber uma ligação do presidente da CBF, nesta sexta-feira (5), para que uma negociação oficial iniciasse, Dorival avisou que não conversaria sobre um cargo que não estava vago.
Até o meio da tarde desta sexta Fernando Diniz, do Fluminense, mantinha contrato com a CBF até junho de 2024. Dorival avisou que, por respeito a Diniz, não conversaria com Ednaldo. Pois bem, o presidente então comunicou a Mario Bittencourt, presidente do Flu, e depois a Diniz, da demissão do treinador.
Agora, Ednaldo poderá oferecer salário e tempo de contrato a Dorival, que vai decidir se deixará ou não o São Paulo. O combo contempla um convite a Filipe Luís, muito próximo a Dorival, para ser diretor de Seleções da CBF. Filipe se aposentou recentemente como lateral-esquerdo do Flamengo.
A combinação ideal, pelo menos na visão do novo/velho comando da CBF, é uma dupla afinada para comandar a Seleção, entre diretor e treinador. De mais de uma pessoa Ednaldo ouviu que a relação de Dorival com Filipe é de pai para filho, ou até de avô para neto, como o ex-jogador disse em recente entrevista à Fla TV.
Foi Dorival, ainda no Figueirense em 2004, quem colocou o então meia Filipe Luís para jogar de lateral-esquerdo. Eles se reencontraram no Flamengo em 2022, conquistado a Copa do Brasil e a Libertadores.
Depois da Copa de 2022, no Catar, o então coordenador de Seleções, Juninho Paulista, deixou a função com a saída da comissão técnica de Tite. E ninguém foi contratado.
Ficou Ednaldo Rodrigues tratando diretamente com a comissão técnica do ainda técnico Fernando Diniz, inclusive burocracias de viagens e campos de treinamento, função que cabe a um diretor. Esse, na avaliação do estafe do cartola, foi um dos grandes erros de gestão que desgastou Ednaldo no meio do futebol.
Antes de ser afastado por decisão do Tribunal de Justiça do Rio, em 7 de dezembro, Ednaldo já havia decidido contratar um diretor, como a Itatiaia mostrou. Mas era para trabalhar com Carlo Ancelotti, que não será mais o técnico da Seleção. Como Ednaldo decidiu contratar um novo técnico, e não permanecer com Diniz, a avaliação é de que é preciso que haja entrosamento entre os profissionais.
Ele retornou ao cargo nesta quinta-feira (4), por decisão liminar do Ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal). O caso ainda será avaliado pelo plenário do Supremo, sem data para acontecer, mas não antes de fevereiro, quando acaba o recesso do judiciário.
A demissão de Diniz
Diniz foi contratado no fim de julho de 2023, para ocupar a vaga até junho de 2024, quando Ednaldo Rodrigues acreditava que o técnico italiano Carlo Ancelotti assumiria o comando da Seleção Brasileira para o ciclo até 2026. Ele manteve o trabalho no Fluminense, ocupando as duas funções.
Só que Ancelotti renovou seu contrato com o Real Madrid, da Espanha, e Ednaldo decidiu que não será Diniz que irá substitui-lo de forma efetiva. Em seis jogos no comando da Seleção Brasileira, Diniz obteve somente duas vitórias, com um empate e três derrotas.
O time virou o ano na sexta colocação das Eliminatórias, no limite para a classificação à Copa do Mundo de 2026, que será nos Estados Unidos, no México e no Canadá.