terça-feira, março 25, 2025
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Prefeituras anunciam testes e aumento da taxa para escalar Monte Fuji

O Monte Fuji, patrimônio mundial da Unesco e símbolo do Japão, tornou-se um destino turístico famoso mundialmente. No entanto, também se transformou em uma “montanha de lixo”, sobrecarregada por milhões de turistas.

Para tentar restaurar o equilíbrio e preservar essa atração, as prefeituras de Shizuoka e Yamanashi, que compartilham o Monte Fuji, implementaram novas regras para a temporada de escalada de 2025, que vai de julho a setembro.

Agora, todos os que subirem o Fuji terão que pagar 4.000 ienes (cerca de R$ 152) por uma licença. Além disso, será necessário reservar o horário da subida online, pois o número de visitantes será limitado a 4.000 por dia.

O valor é o dobro do que foi cobrado em 2024, quando foi implementada a taxa obrigatória para turistas. Antes disso, era sugerido um donativo opcional de 1.000 ienes (R$ 38) por pessoa.

“O Monte Fuji, um tesouro mundial, será preservado para as futuras gerações por meio de medidas abrangentes de segurança nas escaladas”, afirmou Koutaro Nagasaki, governador de Yamanashi, no ano passado.

O aumento no número de turistas não é o único problema. Alguns escaladores precisaram de atendimento médico por estarem usando equipamentos inadequados, como sandálias e chinelos, ou por não levarem o equipamento certo e água suficiente.

Como resposta, a prefeitura de Shizuoka — ponto de partida de três dos quatro caminhos para o Monte Fuji — criou uma nova exigência. Os escaladores deverão participar de uma breve aula sobre segurança na trilha e regras locais, seguida de um teste para garantir que entenderam as informações.

Outra medida será a restrição dos horários na montanha. O Monte Fuji estará fechado das 14h às 3h da manhã, todos os dias, para quem não estiver hospedado em um dos abrigos. Esses abrigos, situados ao longo das trilhas, podem ser alugados por aqueles que optam por pernoitar no local, ao invés de tentar concluir a subida em um único dia.

Diversas atrações pelo Japão estão buscando formas de equilibrar os lucros gerados pelos turistas com os desafios do turismo excessivo.

O Santuário Itsukushima, famoso pelo portão torii flutuante em Hiroshima, começou a cobrar ingresso em 2023 para gerenciar o grande número de turistas que visitam o local para tirar fotos.

A cidade de Otaru, famosa por suas águas termais nevadas, precisou contratar seguranças para controlar as multidões que a lotam todo inverno.

O problema do turismo excessivo não é exclusivo do Japão. Neste mês, ocorreram diversos episódios de comportamento inadequado de turistas.

Em meados de março, uma turista americana causou indignação internacional ao ser filmada roubando um filhote de wombat da mãe e fugindo com ele.

Em 7 de março, um homem da Pensilvânia foi pego tentando passar pela segurança de um aeroporto em Nova Jersey com uma tartaruga viva escondida nas calças.

Um vídeo viralizou mostrando dois clientes urinando no caldo de um hotpot em um restaurante da China, levando a rede a oferecer reembolsos aos clientes.

Na Irlanda, um ativista tenta impedir que turistas toquem nos seios da famosa estátua Molly Malone, em Dublin.

As atitudes indisciplinadas em aviões também aumentaram, e março foi um mês particularmente agitado. Nos últimos três semanas, houve incidentes de mordidas, empurrões, ingestão de contas de rosário, planos para falar com o presidente Trump, e até mesmo banheiros entupidos a ponto de o avião ter que retornar.

Como o Japão se tornou o destino queridinho do momento?

Via CNN

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