domingo, junho 30, 2024
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Prefeitura e governo instalam grades na cracolândia –

A Prefeitura de São Paulo e o governo estadual instalaram grades de ferro na Rua dos Protestantes, para delimitar a cracolândia, ponto de concentração de usuários de drogas no centro da capital paulista. A medida, realizada na terça-feira 18, foi confirmada pelo vice-governador Felício Ramuth (PSD) ao g1.

As grades dividem a rua, destinando um terço do espaço para os usuários de drogas e os outros dois terços para o tráfego de veículos. A instalação foi feita por funcionários da prefeitura.

Ação conjunta  entre governo e prefeitura

Ramuth explicou que a ação faz parte de um esforço conjunto do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e do prefeito Ricardo Nunes (MDB). “O objetivo é liberar parte da via para o trânsito de carros de segurança e de saúde, como viaturas e ambulâncias, além de melhorar a abordagem dos agentes de saúde e assistentes sociais aos usuários”, afirmou. O tráfego ainda não está liberado para a população em geral.

No período da manhã, a cracolândia concentra entre 200 e 300 pessoas, número que sobe para entre 600 e 800 à noite, segundo o vice-governador. A decisão de instalar as grades foi tomada em reuniões semanais entre agentes estaduais e municipais das áreas de saúde, assistência social e segurança, lideradas por Ramuth. A medida será monitorada e poderá ser revogada, dependendo dos resultados.

A instalação de grades não é inédita. Em 2022, a prefeitura já havia cercado áreas da Praça Princesa Isabel depois da migração da cracolândia para o local, justificando a ação como parte de um esforço de revitalização.

Defensoria se preocupa com violação de direitos dos usuários da cracolândia

 

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Região da cracolândia em São Paulo, onde há alto consumo de drogas Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

No começo do mês, a Defensoria Pública de São Paulo questionou a prefeitura acerca de “violações de direitos” dos usuários da cracolândia, que teriam sido constatadas durante uma visita do Núcleo Especializado de Cidadania e Direitos Humanos (NCDH) em maio.

As supostas violações incluem barreiras físicas, presença de membros da Guarda Civil Metropolitana (GCM) em formação militar, abordagens hostis, remoção forçada de pessoas, apreensão de pertences e falta de saneamento básico.

Em resposta, a administração municipal afirmou que a GCM atua na proteção e apoio aos agentes da subprefeitura durante a limpeza urbana diária na cracolândia.

Sobre as ações truculentas, a gestão declarou que a GCM “tem como princípio pautar pelo respeito à vida, pela segurança dos agentes apoiados e do patrimônio público, tendo em seu efetivo técnicos treinados a fim de avaliar de forma proporcional, quando e como devem atuar no sentido de preservação da vida e da ordem”.

Via Revista Oeste

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