O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), decretou na terça-feira, 9, uma intervenção em duas concessionárias de transporte público de passageiros. As empresas Transwolff e Upbus são investigadas pelo Ministério Público por suspeita de ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC).
A partir de agora, a prefeitura assume a operação das linhas de ônibus das companhias. As duas possuem 1.365 ônibus em circulação e transportam cerca de 700 mil passageiros por dia.
A Operação Fim de Linha cumpre, desde ontem, 52 mandados de busca e apreensão, além de quatro mandados de prisão preventiva. Todos compõem organizações suspeitas de lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas, roubos e diversos outros crimes.
Por meio das investigações, a Justiça pretende condenar os 29 criminosos que fazem parte do esquema.
Até agora, a polícia já prendeu o dono da Transwolff, Luiz Carlos Efigênio Pacheco, além de Robson Flares Lopes Pontes, diretor da concessionária, e Joelson Santos da Silva, sócio da empresa. Houve bloqueio de bens no valor de R$ 600 milhões e apreensão de joias, dinheiro e armas na casa de investigados.
A Justiça já cumpriu mandados nas cidades de São Paulo, Barueri, Cotia, Guarujá, Guarulhos, Itapecerica da Serra, Itaquaquecetuba, Itu, Mauá, Santana de Parnaíba, São Bernardo do Campo e São José dos Campos.
Como ficará o transporte público de SP
Ricardo Nunes designou Valdemar Gomes de Melo, diretor de planejamento de transporte da SPTrans, para ser o interventor na Transwolff. Enquanto isso, Wagner Chagas Alves, diretor de operações da SPTrans, será interventor na Upbus.
Em coletiva de imprensa, o prefeito garantiu que “não haverá nenhuma paralisação no transporte público municipal por parte dessas empresas”.
“Fornecedores não deixarão de receber e não haverá demissão de funcionários”, disse gestor municipal.