A Prefeitura de Porto Alegre anunciou, nesta quinta-feira, 9, a construção de um abrigo emergencial dedicado exclusivamente a mulheres e crianças. A medida se dá depois de relatos de abusos sexuais em abrigos temporários.
As denúncias, que vieram à tona na quarta-feira 8, resultaram na prisão de pelo menos quatro homens na região metropolitana. Os abusos ocorrem em meio à crise das enchentes que devastaram municípios do Rio Grande do Sul.
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De acordo com a prefeitura, a instalação do abrigo terá apoio de entidades do Poder Judiciário e deve ficar pronto ainda neste fim de semana. A gestão também informou que foram contratados serviços de segurança privada para os outros locais.
Das 140 estruturas que abrigam mais de 13 mil vítimas das chuvas, pelo menos 127 passaram a ter vigilância particular das 19h às 7h desde a noite desta quinta-feira.
“Estamos empenhados em expandir esse serviço para 24h, pois entendemos que as pessoas precisam se sentir seguras neste momento de fragilidade”, disse presidente da Companhia de Processamento de Dados do Município (Procempa), Leticia Batistella.
Canal para denúncia em abrigos é ampliado
O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania também decidiu ampliar os canais de denúncia e auxílio para as vítimas das enchentes.
Até a manhã da última quinta-feira, o Disque 100 já tinha registrado cinquenta denúncias, que envolviam casos de privação de liberdade, desaparecidos, famílias atingidas e violência contra idosos.
Novas opções foram adicionadas ao serviço para facilitar o resgate e a assistência aos afetados.