quinta-feira, julho 4, 2024
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Prefeito Ricardo Nunes ligou para padre Júlio Lancellotti a fim de “tranquilizá-lo” sobre possível CPI

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), conversou por telefone com o padre Júlio Lancellotti e com d. Odilo Scherer, cardeal arcebispo metropolitano de São Paulo, para tranquilizá-los a respeito de uma eventual abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal da cidade.

As ligações ocorreram na quarta (3) e na quinta-feira (4), respectivamente.

Padre Júlio é apontado como um dos potenciais alvos da CPI proposta pelo vereador Rubinho Nunes (União), que tem como objeto “examinar as atividades desempenhadas e se elas estão sendo executadas de maneira satisfatória” por organizações não governamentais atuantes na região conhecida como Cracolândia, no centro da capital paulista.

Ricardo Nunes disse tanto ao padre Júlio quanto a d. Odilo ter sabido via imprensa sobre o pedido de CPI, na quarta-feira (03). O prefeito então ligou para o religioso citado pelo vereador como um dos alvos para procurar tranquilizá-lo a respeito do caso.

Ficou acertado que Ricardo Nunes deve encontrar padre Júlio entre terça e quarta-feira da próxima semana, em um gesto de apoio ao religioso.

Nesta quinta-feira (04), o prefeito conversou com o arcebispo, que está em viagem no exterior, mas tem acompanhado o caso e deu apoio ao trabalho de padre Júlio junto à população em situação de rua.

A arquidiocese divulgou nota em que aponta “perplexidade” em relação ao pedido de CPI, e o próprio d. Odilo considera a hipótese de investigação um “absurdo”.

Padre Júlio também recebeu solidariedade de parlamentares de diversos partidos. Na Câmara, bancadas como as do PT e do PSOL indicaram contrariedade com a instalação da CPI.

O presidente da Casa, Milton Leite (União), só deve reunir o colégio de líderes para discutir o assunto após o fim do recesso parlamentar, em fevereiro.

O vereador alega querer apurar a atuação das ONGs e, embora não cite nominalmente nenhuma entidade no pedido de CPI, tem como um dos alvos o Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto (Bompar).

Trata-se da principal parceira da atual gestão no atendimento à população em situação de rua no centro da cidade, com 29 equipes em ação na região – eram 7 no início da gestão, ainda sob o comando de Bruno Covas, morto em 2021.

Para Rubinho Nunes, é preciso apurar o que ele classifica como “máfia que explora a miséria no centro”.

Apesar da coincidência dos sobrenomes, prefeito e vereador não são parentes.

Via CNN

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