O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), pediu que os moradores do município permaneçam em abrigos e não voltem para suas casas. O chefe do Executivo municipal participou de uma entrevista coletiva nesta segunda-feira, 13.
“Apelo que quero fazer é para que ninguém volte para casa”, disse o prefeito de Porto Alegre. “Tomara que não chegue a 5,50, mas tenho de acreditar nos hidrólogos. Mais 6 mil pessoas podem ser atingidas com alagamento. Apelo que faço é para não voltar.”
O Lago Guaíba voltou a passar de 5 metros na tarde desta segunda-feira. A informação foi divulgada pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Infraestruturas e pela Agência Nacional de Águas.
A cota de inundação do lago é de 3 metros, ou seja, a partir desse nível a água começa a atingir as ruas de Porto Alegre e gerar inundações. Nesta tarde, a cota atingiu os 5,1 metros, mas o Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul prevê que a água pode atingir 5,6 metros nas próximas horas.
A água havia baixado na última quinta-feira, 9, o que possibilitou que alguns moradores saíssem dos abrigos. A fala do prefeito ocorre para reforçar que o rio está subindo ainda mais.
Rio Guaíba voltou a subir em Porto Alegre
Desde as 22h deste domingo, 13, até as 16h desta segunda-feira, o Lago Guaíba subiu mais de 40 centímetros. A alta acontece depois das fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul neste fim de semana.
A alta máxima aconteceu no dia 5 de maio, quando o Guaíba chegou a 5,33 metros. Na ocasião, foi a maior cheia desde a enchente histórica de Porto Alegre, em 1941, quando o lago chegou a 4,76 metros.
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A prefeitura informou que não espera danos adicionais caso o Guaíba chegue a 5,5 metros. De acordo com o diretor-geral do Departamento Municipal de Água e Esgotos de Porto Alegre, Maurício Loss, a cheia do rio não deve representar um grande alagamento nos locais mais remotos do município.
“Nos pontos onde a água ainda não tinha chegado, vai ter uma lâmina, ficando um pouco mais acima”, disse Loss, em coletiva de imprensa. “Mas não teremos grandes tragédias frente ao que já temos.”