sábado, novembro 23, 2024
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Preço dos alimentos de festa junina sobe quase 7% em 12 meses

Os alimentos típicos de festa junina, como bolos, canjicas e milhos cozidos, estarão mais caros neste ano. Um levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) mostrou que o preço dos ingredientes para esses pratos tradicionais subiu, em média, 6,91% nos últimos 12 meses. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 24, pelo jornal O Globo.

O aumento do preço dos produtos típicos de festa junina quase dobrou, ao compará-lo com a inflação. De acordo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), a inflação no período foi de 3,65%.

A pesquisa analisou os preços de 27 itens da cesta do IPC/FGV até a segunda semana de junho. A batata-inglesa, comum em caldos e sopas juninas, teve a maior alta, com 75,79%, nos últimos 12 meses. Outros itens, como arroz, maçã e batata-doce, subiram 24,89%, 22,62% e 14,18%, respectivamente.

O economista Matheus Dias, responsável pelo levantamento, atribuiu a alta do preço dos alimentos in natura a efeitos climáticos adversos, como as chuvas no Rio Grande do Sul. “A ocorrência de fenômenos climáticos extremos afetou a produção, pressionando os preços para cima”, explicou ao jornal O Globo.

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Além disso, houve um aumento no preço do açúcar refinado (9,17%) e do açúcar cristal (6,35%), usados em doces típicos. Também houve alta no preço de refrigerantes e água mineral, que subiu 5,98%.

Alguns itens de festa junina tiveram queda no preço

Em contrapartida, alguns itens importantes para as festas juninas tiveram redução de preço. A farinha de trigo caiu 14,95%, e o milho de pipoca teve uma queda de 8,87%. Esses produtos trouxeram algum alívio para os consumidores.

Houve também uma queda no preço do leite condensado (-13,36%) e do leite longa vida (-3,40%). Segundo Dias, essa redução pode ser explicada pelo aumento da oferta por causa do crescimento das importações nos últimos 12 meses.

“Embora neste ano a cesta tenha apresentado diversos produtos com queda de preços em 12 meses, nenhum deles foi capaz de compensar as respectivas altas acumuladas de itens usados nas festas juninas desde 2023”, disse Dias. “Isso mostra que o orçamento do consumidor não deixou de sofrer com a alta do período anterior.”

Via Revista Oeste

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