No centro de uma crise que já dura meses e, agora, pode lhe custar a cadeira de presidente da Petrobras, Jean Paul Prates decidiu, recentemente, disparar mensagens ao presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas. O tom era de cobranças.
As mensagens mostram Jean Paul Prates exigindo esclarecimentos sobre uma matéria do jornal O Globo com a informação de que técnicos do TCU investigam uma suposta fraude em contrato da petroleira com a Unigel, uma empresa de fertilizantes.
O TCU, inclusive, chegou a pedir nesta semana a suspensão do contrato por indícios de irregularidades.
Antes disso, Prates reclamou à Dantas que informações estão sendo vazadas com intuito de prejudicar sua gestão.
Em trecho ao qual a CNN teve acesso, o presidente da Petrobras pergunta “por que diabos” o TCU não decide cautelarmente sobre a operação.
As mensagens seguem com questionamentos. Alega manipulação de informações.
O presidente do TCU, Bruno Dantas, evitou seguir com a conversa e chamou as investidas de “despropositadas”, “descabidas” e orientou que o presidente solicitasse uma audiência ao TCU para que conversassem “institucionalmente”.
Integrantes do governo criticam duramente a postura de Prates. Para eles, a atitude ajuda a minar a permanência do petista no cargo e a demissão é questão de tempo.
Apesar da pressão, Jean Paul Prates tem dito a interlocutores que não pretende pedir demissão. Ele acredita ser alvo de uma crise “fabricada”.
Nesta quinta-feira (5), o presidente da Petrobras ironizou a possibilidade de sair da empresa com uma postagem no X (antigo Twitter).
“Acho que após às 20h02. Vai pra casa jantar… E amanhã às 7h09 ele estará de volta na empresa, pois sempre tem a agenda cheia.”
— Jean Paul Prates (@jeanpaulprates) April 4, 2024
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