A capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, corre o risco de ficar desabastecida de água. Mais cedo, o prefeito Sebastião Melo (MDB) já determinou o racionamento do recurso e restringiu o uso da água. Afirmou que “não faltam esforços” para “abastecer minimamente a cidade”.
Porto Alegre vive a pior enchente de sua história, com o Lago Guaíba alcançando a marca de 5,22 metros. “A situação está estabilizando, mas temos dias difíceis pela frente”, declarou Sebastião Melo. O Aeroporto Salgado Filho está fechado por tempo indeterminado em decorrência das inundações.
O decreto de racionamento de água foi publicado em edição extra do Diário Oficial de Porto Alegre desta segunda-feira, 6. Estabeleceu que o recurso distribuído pelo Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) deve ser, exclusivamente, para consumo essencial.
“Quando falta água e energia em uma cidade, você sabe o que acontece”, disse o prefeito. “Mais cedo tivemos o decreto indicando que as pessoas tenham um consumo muito racional, responsável e consciente.”
Uso indevido de água pode acarretar em multa
O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, afirmou que a gestão não visa a “multar ninguém”, mas que enviou fiscais às ruas para orientar as pessoas e estabelecimentos. E que se “insistisse” em desrespeitar as normas, que o local fosse “fechado”.
“Coloquei as fiscalizações nas ruas, em todos os postos, porque eu vi em algumas localidades um posto lavando carro. Não é possível que em uma crise dessas haja quem decida lavar o carro. Pedi que fosse orientativo, mas que se insistisse, fechasse”, declarou.
Mais uma vez o prefeito de Porto Alegre disse tomar “todas as providências para não desabastecer a cidade”, entretanto, salientou não ter “estoque de água suficiente no nosso depósito”.
Declarou que está montando uma “força-tarefa” para conseguir retomar o abastecimento de água na capital gaúcha. “Então, volto mais uma vez a apelar para o racionamento”, acrescentou.