domingo, julho 7, 2024
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Porsche estava a 156 km/h antes de acidente com morte em SP

Um laudo da Polícia Técnico-Científica de São Paulo revelou que o Porsche conduzido pelo empresário Fernando Sastre de Andrade Filho estava a mais de 150 km/h antes do acidente que matou o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana. O relatório foi divulgado nesta semana.

O acidente aconteceu na madrugada de 31 de março, na Avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé, zona leste de São Paulo. A velocidade máxima da via é de 50 km/h. Segundo peritos, a velocidade média do veículo de luxo era de 156 km/h. Andrade Filho estava a 114 km/h quando bateu no Sandero de Viana, que transitava entre 40 e 38 km/h.

Depois da colisão, Viana foi socorrido e levado para um hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. O amigo do motorista do Porsche, o estudante de medicina Marcus Vinicius Machado Rocha, estava no banco de passageiro e ficou gravemente ferido. Ele já teve alta. Andrade teria se ferido na boca, mas não passou por atendimento.

Câmeras de segurança registraram o acidente entre o Porsche e o Sandero. Os peritos calcularam a velocidade do carro de luxo a partir das imagens. O Instituto de Criminalística (IC) e o Instituto Médico-Legal também vão produzir laudos.

A Polícia Civil investiga as causas e eventuais responsabilidades do acidente. Os peritos vão usar drones para fazer imagens aéreas do local da batida e reconstituir em vídeo com mais detalhes como foi a colisão por scanner 3D.

O Ministério Público requisitou o laudo para a Justiça. A perícia do IC deve realizar o escaneamento do local do acidente a partir das 10h da próxima quinta-feira, 25.

Motorista do Porsche estaria embriagado

sastre filho caso do porsche - Fernando Sastre de Andrade Filho (na imagem) teria sofrido um corte na boca, mas não foi hospitalizado | Foto: Reprodução/TV Globo
Fernando Sastre de Andrade Filho (na imagem) teria sofrido um corte na boca, mas não foi hospitalizado | Foto: Reprodução/TV Globo

De acordo com testemunhas ouvidas pela Polícia Civil, Andrade dirigia o Porsche em alta velocidade e sob efeito de bebida alcoólica. O empresário, porém, negou que tenha bebido antes de dirigir, mas admitiu que guiava seu carro de luxo “um pouco acima do limite” de velocidade para a via.

O motorista do Porsche se apresentou para a polícia cerca de 38 horas depois do acidente. Ele é indiciado por homicídio por dolo eventual (por ter assumido o risco de matar), lesão corporal e fuga do local do acidente.

Contudo, Andrade nega que fugiu do local. Agentes da Polícia Militar disseram que liberaram o motorista, segundo eles, com a promessa da mãe do motorista do Porsche de que levaria o filho ferido na boca para um hospital, o que não ocorreu.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) divulgou uma nota, nesta segunda-feira, 22, em que informa que os policiais que atenderam a ocorrência erraram por não terem feito o teste do bafômetro em Andrade.

“A SSP informa que a sindicância aberta pela Polícia Militar concluiu, a partir da análise das imagens de câmeras corporais, que houve falha de procedimento dos policiais que atenderam à ocorrência pelo fato de o motorista não ter sido submetido ao teste de alcoolemia”, informou a pasta. “Diante disso, foi aberto um procedimento para a responsabilização dos policiais.”



Via Revista Oeste

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