No seu primeiro dia como o 47º presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Republicano) retirou os Estados Unidos da Organização Mundial da Saúde (OMS). A medida foi oficializada durante a assinatura de uma série de decretos na segunda-feira 20.
A gestão afirma que houve desproporção nas contribuições financeiras registradas nos últimos anos.
Enquanto os norte-americanos contribuíam com cerca de US$ 500 milhões, a China aportava menos de US$ 100 milhões. “Vocês acham isso justo?”, interpelou Trump.
Além das questões financeiras, a administração Trump criticou a OMS por sua atuação durante a pandemia de covid-19.
Gestão Trump já havia desvinculado o país da agência
Em 2020, o governo dos EUA acusou a agência de estar sob influência chinesa, afirmando que Pequim exercia controle sobre suas operações.
O diretor-geral da OMS, Tedros Gebreyesus, foi alvo de críticas intensas e de campanhas nas redes sociais, sendo acusado de ajudar a China a ocultar a origem do vírus.
Trump considerava a OMS como promotora de políticas de saúde reprodutiva e sexual, vistas por parte do governo como contrárias a suas ideologias.
Em resposta à saída da OMS, Trump planejou suspender futuras transferências de fundos e reatribuir funcionários norte-americanos que trabalhavam na organização. Ele também pretende identificar novos parceiros para assumir atividades antes conduzidas pela OMS.
Durante o processo de retirada, Trump decidiu interromper as negociações sobre o Acordo Pandêmico da OMS e emendas ao Regulamento Sanitário Internacional, sem força vinculante para os EUA.
Decisão foi revertida por Biden
O secretário de Estado foi incumbido de informar o secretário-geral das Nações Unidas e outros representantes relevantes sobre a retirada dos EUA da OMS.
Além disso, estavam previstas a revisão e a substituição da Estratégia de Segurança da Saúde Global dos EUA de 2024.
Essa medida foi revertida em janeiro de 2021 pelo presidente Joe Biden. Na época, sua administração argumentou que buscava restaurar o papel dos EUA em organizações internacionais.
A decisão de reintegrar os Estados Unidos à OMS foi amplamente elogiada pela comunidade internacional.