Nesta semana, a direção das Testemunhas de Jeová no Brasil pediram que os fiéis evitassem doar às vítimas do Rio Grande do Sul. O motivo para a solicitação é porque a liderança da igreja teme que os membros caiam em golpes e fraudes.
“Pedimos que não tomem a iniciativa de fazer ou participar de vaquinhas virtuais”, comunicaram as Testemunhas de Jeová. “A intenção pode ser boa, mas nunca se sabe quem está por trás disso e se os valores arrecadados serão realmente enviados.”
O jornal Folha de S.Paulo confirmou a origem do comunicado. Os líderes também pediram aos fiéis que evitem doações diretamente pelo Pix da igreja. A instituição convocou apenas os membros das divisões de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.
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“Se a sua congregação ainda não foi convidada a ajudar, pedimos que não façam arranjos pessoais para enviar doações”, disse a liderança.
A igreja informou que cerca de 2 mil fiéis foram afetados pela enchente e que são acolhidos pela instituição. Um casal de idosos que frequentava as Testemunhas de Jeová morreu. Além disso, três templos foram destruídos e dez sofreram pequenos danos.
Testemunhas de Jeová enviaram ajuda ao Rio Grande do Sul
“Uma Comissão de Ajuda Humanitária foi designada para coordenar o trabalho de ajuda”, comunicou a igreja. “Membros dessa comissão viajaram para a região afetada para ajudar na distribuição dos suprimentos e providenciar apoio espiritual.”
No documento, os Testemunhas de Jeová recomendam que os fiéis aceitem apenas ajuda de programas do governo federal. O Departamento de Informações ao Público da igreja disse que o comunicado foi lançado depois que diversos veículos de imprensa alertaram sobre golpes financeiros e fake news envolvendo a ajuda aos refugiados.
“Nesse contexto, procuramos alertar e orientar os interessados em fornecer ajuda humanitária de forma organizada”, explicou a instituição. “Naturalmente, cada Testemunha de Jeová pode decidir se e como irá apoiar campanhas de ajuda humanitária, independentemente do modo em que sejam prestadas.”