Um mistério ainda não solucionado pela ciência é a existência de vida alienígena. Cientistas continuam na busca e, inclusive, se baseiam na Terra – afinal, qual o melhor exemplo de planeta com vida para guiar as pesquisas do que o nosso? No entanto, um pesquisador propõe haver um problema nisso: se os extraterrestres existem, eles estão mais perto de buracos negros do que pensamos e será difícil de encontrá-los.
Estudo de aliens a partir da Terra
Os estudos de aliens se baseiam na Terra.
Pode parecer estranho, mas faz sentido. Uma vez que a Terra é o único lugar em que encontramos vida, cientistas analisam quais fatores propiciam isso. Por exemplo, sabemos que, para viver, precisamos de oxigênio e água líquida. Então, eles procuram por esses mesmos fatores em outros planetas.
Só que a busca por alienígenas não é tão simples assim. Entenda:
- Os cientistas procuram por assinaturas semelhantes às da Terra para encontrar vida fora daqui – sem contar os sinais enviados ao espaço, na esperança de que alguma civilização distante responda;
- A questão é que os humanos terrestres não são tecnológicos há tanto tempo assim. Inclusive, foi conforme a tecnologia progredia que os pesquisadores mudaram o que deveriam procurar;
- Por exemplo, ao longo do tempo, eles pararam de buscar sinais analógicos e começaram a buscar sinais digitais, contando que os aliens não usariam a primeira opção por muito tempo (assim como nós);
- Mas e se as civilizações extraterrestres não estiverem acompanhando o nosso ritmo de tecnologia e, na verdade, estiverem à frente?
O que buracos negros tem a ver com isso
Pensando nisso, um futurista chamado John M. Smart propôs hipótese que ele batizou de “hipóteses da transcendência”. Em artigo de 2012 publicado no Acta Astronautica, ele explicou do que se trata:
A hipótese da transcendência propõe que um processo universal de desenvolvimento evolutivo guia todas as civilizações suficientemente avançadas para o que pode ser chamado de ‘espaço interior’, um domínio computacionalmente ideal de escalas cada vez mais densas, produtivas, miniaturizadas e eficientes de espaço, tempo, energia e matéria e, eventualmente, para destino semelhante ao de um buraco negro.
John M. Smart, futurista, em artigo
Basicamente, quanto mais avançadas as civilizações Terra afora forem, mais se aproximarão de buracos negros, gravitando ao seu redor. Isso parece ruim, mas já há evidências de que os gigantes espaciais podem servir como fonte de energia, o que impulsionaria ainda mais os supostos alienígenas.
Smart cita que os buracos negros poderiam ajudar no desenvolvimento de computação, viagem no tempo, seleção natural e mais. Segundo a teoria, as civilizações que conseguem resistir à aproximação seriam falhas no sistema.
O que isso significa para os extraterrestres – e para nós
De acordo com o IFLScience, se a teoria da transcendência estiver correta, explicaria a razão pela qual ainda não encontramos vida alienígena.
Além disso, se todas as civilizações antigas forem para esse lugar interno, há um espaço da galáxia que contém apenas vida muito antiga. Obviamente, não sabemos onde isso fica, mas há pistas de onde começar a procurar: perto de buracos negros.