sexta-feira, novembro 22, 2024
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Por que mulheres vivem mais do que homens? Estudo descobriu

O senso comum tenta responder por que mulheres vivem mais do que homens. A imprudência é um fator que costuma ser bastante mencionado no bate-boca, mas a ciência descobriu que não é bem isso. Cientistas da Universidade de Osaka (Japão), revelaram que o motivo por trás da disparidade na expectativa de vida é mais profundo: está nas células.

Mulheres vivem mais até no reino animal

Dados de 2020 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram que as mulheres vivem, em média, sete anos a mais do que os homens.

Isso provou ser real também no reino animal. A pesquisa, conduzida pelos japoneses e publicada na Science Advances neste mês, analisou peixes da espécie Nothobranchius furzeri, também conhecidos como “killifish”, que atingem a maturidade sexual em duas semanas e vivem por alguns meses.

A espécie foi escolhida por um motivo: o processo de envelhecimento deles é similar ao dos humanos. Ou seja, os peixes são um pontapé inicial na compreensão de nosso envelhecimento.

Killifish foram usados na pesquisa porque tem um ciclo de vida similar ao dos humanos (Imagem: Divulgação/Science Advances)

Diferença na expectativa de vida está nas células

Os pesquisadores revelaram que a diferença na expectativa de vida entre peixes-macho e fêmeas se deu pelas células germinativas, responsáveis pelos gametas (espermatozoides nos homens e óvulos nas mulheres).

O segredo para comprovar isso foi remover as células e equilibrar os níveis entre as espécies de ambos os sexos. Como resultado, a interrupção da produção dos microorganismos deu mais tempo de vida para os machos e diminui o das fêmeas, eliminando a disparidade.

Queríamos entender como as células germinativas poderiam afetar homens e mulheres de maneira tão diferente. Nosso próximo passo foi investigar os fatores responsáveis.

Kota Abe, principal autor do estudo, em entrevista à Universidade de Osaka

Pesquisadores analisaram células responsáveis por espermatozóides e óvulos, assim como ovários e testículos dos peixes. A imagem mostra a remoção das células germinativas, na parte inferior (Imagem: Divulgação/Science Advances)

Equilíbrio nas células teve consequências

  • Os pesquisadores, então, quiseram entender o motivo por trás disso;
  • Eles descobriram que as mulheres vivem mais devido à sinalização hormonal. Quando as células responsáveis por isso foram interrompidas, o estrogênio diminuiu e a expectativa de vida encurtou;
  • O crescimento também mudou. A ausência das células e do estrogênio suprimiram sinais do corpo para manutenção da saúde e retardar o envelhecimento;
  • Já nos homens, a ausência das células germinativas melhoraram a saúde dos músculos, ossos e pele, além de aumento de sinalização de vitamina D;
  • Outra conclusão da pesquisa é que, quando a vitamina D era administrada de forma ativa, homens e mulheres vivem mais. Ou seja, a vitamina influencia a longevidade em peixes e pode fazer o mesmo em humanos.

Via Olhar Digital

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