O atacante da seleção francesa Kylian Mbappé ainda luta para se acostumar com a máscara de proteção que precisa usar. A partida contra a Bélgica é o segundo jogo em que o atleta usa a proteção.
Durante a vitória da França por 1 a 0 contra a Áustria na partida de estreia da seleção na Euro, em 17 de junho, Mbappé deu uma cabeçada no ombro do zagueiro austríaco Kevin Danso ao disputar a bola nos minutos finais.
A Federação Francesa de Futebol (FFF) confirmou posteriormente que o jogador, recém-contratado pelo Real Madrid, quebrou o nariz e precisaria usar máscara para continuar jogando no torneio, mas não teria de passar por uma cirurgia imediata. Pelas redes sociais, Mbappé chegou a pedir ideias para sua máscara no X, antigo Twitter.
O francês não atuou no empate em 0 a 0 contra a Holanda, pela fase de grupos, e voltou a marcar no jogo contra a Polônia, que terminou em 1 a 1. No último domingo (30), Mbappé disse que jogar de mascara é “horrível”.
“Quando levei o golpe no rosto, eu realmente não sabia o que estava acontecendo. Não senti que meu nariz estava quebrado. Foi quando olhei para o goleiro e vi o rosto dele que pensei: ‘Tem alguma coisa errada aqui’, Mas quando voltei ao vestiário e soube de tudo o que acontecia ao meu redor, pensei que fosse para casa. Eu me olhei no espelho e pensei que era uma má ideia ir para casa”, afirmou.
“Mas estou feliz por estar aqui. Foi difícil, porque tinha muita informação, muitos compromissos, não dormi muito, fiquei duas noites sem dormir, estava tentando fazer todos os movimentos, mas não conseguia jogar contra a Holanda e foi muito difícil ficar no banco, eu me senti bastante impotente”, completou.
Mbappé acrescentou que, se precisasse cabecear para marcar um gol, ele o faria. “Meu nariz já está quebrado, o que mais pode acontecer?”, brincou. Mais tarde, o atacante foi questionado por que havia trocado a máscara várias vezes desde que a recebeu pela primeira vez.
“Continuo trocando de máscara porque toda vez tem alguma coisa que me incomoda, algo que não está bom. É muito difícil jogar com máscara, porque limita o campo de visão, o suor entope e você precisa deixar o suor sair”, explicou
“Nos primeiros dias, senti como se estivesse usando óculos 3D e não era eu quem estava jogando. Se eu conseguir tirar a máscara, eu o farei, mas agora não tenho escolha. Eu odeio isso. É realmente irritante. Tive que trocar cinco vezes”, completou.
Mbappé estar no seu melhor é esperança para a França, não apenas nas oitavas de final contra a Bélgica, mas para o torneio como um todo. Amplamente considerado um dos melhores jogadores do mundo, Mbappé marcou 48 gols em 81 partidas pela França e ajudou a levar a seleção à glória na Copa do Mundo de 2018.
A França entrou na Euro como uma das favoritas, mas, como a maioria das outras grandes nações participantes do torneio, não conseguiu impressionar até agora.
Sob o comando do técnico Didier Deschamps, a França venceu uma Copa do Mundo, a Liga das Nações, chegou a mais uma final de Copa do Mundo e também à final da Euro 2016.
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