Na segunda-feira (9), o Rio Pinheiros, em São Paulo, amanheceu com uma coloração esverdeada e ainda mais turvo, chamando a atenção de quem passava pela Marginal ou observava dos prédios da Vila Olímpia e Cidade Jardim. A cidade vem enfrentando uma seca histórica, chegando a registrar a pior qualidade do ar do mundo.
De acordo com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), a baixa vazão do rio, provocada pela estiagem prolongada, favoreceu a proliferação de algas, intensificada pelas concentrações de nutrientes em um volume reduzido de água.
Esse fenômeno, que pode ocorrer naturalmente, é agravado pela poluição, resultado de esgoto, substâncias tóxicas, fertilizantes e dejetos – fatores que estimulam o crescimento de cianobactérias prejudiciais à saúde.
Segundo a Cetesb, a situação só deverá melhorar com chuvas intensas, que estão previstas para domingo (15) e segunda-feira (16), acumulando cerca de 18 milímetros.
Governo realiza operação de bombeamento na água do Rio Pinheiros
De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, desde o início de 2023 vêm sendo implementadas ações, como ampliação do saneamento básico, monitoramento da qualidade da água e recuperação da fauna e flora dos rios Pinheiros e Tietê.
Na terça-feira (10), foi realizada uma operação de bombeamento da água do canal Inferior para o superior do Rio Pinheiros, que foi concluída nesta quarta (11). Anderson Esteves, superintendente do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), explicou à CNN que a ausência de chuvas agrava a qualidade da água, destacando que o equilíbrio do fluxo é crucial para melhorar a situação do rio. “A chuva é essencial para o funcionamento do rio e, como não há chuva, o rio se encontra nesta situação crítica”.
A previsão do tempo indica uma máxima de 34°C para esta quarta em São Paulo, com umidade relativa do ar variando entre 12% e 20%.