quinta-feira, setembro 19, 2024
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Por onde anda Kerlon “Foquinha”? Inglês o encontra na Carolina do Norte

Grande promessa do futebol brasileiro na segunda metade da década de 2000, Kerlon, o “Foquinha”, hoje leva uma vida pacata em Hemby Bridge, cidade de 1.669 habitantes na Carolina do Norte, Estados Unidos.

Por lá, ele trabalha como diretor técnico da escolinha de futebol local e dá aulas particulares. Kerlon está, atualmente, com 36 anos, e se aposentou do futebol profissional em 2017, após rápida passagem pela Eslováquia.

Kerlon com a mulher e os filhos nos Estados Unidos
Kerlon com a mulher e os filhos nos Estados Unidos • Reprodução/Instagram @kerlon.foquinha

“Hoje, eu prefiro uma vida tranquila”, disse ele em (rara) entrevista ao “The Athletic”, suplemento esportivo do jornal “The New York Times”.

“As pessoas falam que preciso divulgar meu nome. Não. A história já está aí e as pessoas se lembram. Sempre que um jogador faz uma pequena cabeçada para si mesmo em um jogo, narradores no Brasil começam a falar sobre mim. ‘O Foquinha! Lembram de Kerlon?’ As pessoas se lembram.”

Kerlon só topou conceder entrevista ao jornalista inglês Jack Lang porque o repórter praticamente o “caçou” na Carolina do Norte, ansioso por escrever um perfil, já que é fascinado pela história do “Foquinha”.

E ele está feliz por lá, segundo a reportagem. Kerlon foi para os Estados Unidos atrás de oportunidades de emprego que sentia que faltavam no Brasil. A família se adaptou bem, assim como ele.

“Eu amo estar envolvido com o jogo”, disse ele. “É o que eu faço de melhor”.

O ex-jogador surgiu como grande promessa do Cruzeiro e do futebol brasileiro — para além do drible que virou sua marca registrada, conduzindo a bola com a cabeça pelo campo, em direção ao gol, um lance exaustivamente treinado na infância, com o pai.

Kerlon brilhou com a camisa da Seleção no Sul-Americano Sub-17 em 2005 e chegou a fazer boas partidas pelo profissional do Cruzeiro, mas nunca alcançou o potencial que tinha.

O meia foi contratado pela Inter de Milão em 2008, mas não chegou a jogar pelo time italiano. Foi emprestado ao Chievo e ao Ajax, e também praticamente não entrou em campo. A partir daí, virou andarilho da bola.

Jogou em times menores do Brasil, foi para o Japão, passou por Barbados, Estados Unidos, Malta e terminou a carreira na Eslováquia.

A reportagem credita o declínio de Kerlon à uma série de lesões graves que ele enfrentou, especialmente as seis cirurgias nos ligamentos cruzados anteriores (LCA) dos joelhos, duas delas quando ainda era adolescente.

Eu gradualmente perdi meu amor pelo futebol. Após cada cirurgia, eu levava de seis a sete meses para me recuperar. Quando eu voltava, era difícil de acompanhar, fisicamente. Então, eu me machucava de novo. Eu olhava para os outros jogadores e eles corriam para cima e para baixo constantemente. Eu tentava acompanhar, mas algum músculo estourava e eu ficava fora por mais três semanas

Via CNN

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