A emissora de televisão Fox News, dos Estados Unidos, obteve acesso exclusivo a um voo de deportação com mais de 80 imigrantes ilegais na última terça-feira, 28. Na ocasião, os infratores embarcaram em um avião militar na cidade de El Paso, no Texas, com destino ao Equador.
“A mensagem que fica é: ‘não hoje, não amanhã, nem na próxima semana’”, disse Hamid Nikseresht, supervisor de Operações Especiais da Patrulha da Fronteira dos EUA. “Não venha para os Estados Unidos e entre ilegalmente.”
De acordo com o governo norte-americano, estes deportados já estavam sob custódia, seja por terem sido encontrados tentando cruzar a fronteira, em operações de contrabando ou mesmo escondidos. Ao todo, foram deportados 43 mulheres e 37 homens.
“É contra a lei estar nos Estados Unidos ilegalmente”, afirmou Nikseresht. “Se você entrar nos Estados Unidos ilegalmente em um local que não seja um ponto de entrada designado e não se apresentar para uma entrada legal, você está violando a lei e está aqui ilegalmente.”
Uma das primeiras ordens executivas do presidente Donald Trump foi declarar uma emergência nacional na fronteira sul, onde os EUA se ligam ao México. Autoridades do Departamento de Defesa disseram que o objetivo é deportar mais de 5 mil imigrantes ilegais apenas em El Paso.
Trump sanciona lei que facilita deportação de imigrantes ilegais
Trump assinou nesta quarta-feira, 29, uma lei que permite que o Departamento de Segurança Interna norte-americano detenha e deporte imigrantes sem a necessidade de um julgamento formal.
O projeto é o primeiro sancionado pelo novo governo Trump e surge em um momento em que ele promete uma aplicação mais rigorosa das leis de imigração e um aumento dos mecanismos de dissuasão à migração legal.
Chamada de Lei Laken Riley, a proposta foi aprovada com apoio bipartidário. “É uma lei histórica que estamos implementando hoje”, comemorou Trump, que destacou que o dispositivo “salvará inúmeras vidas inocentes de norte-americanos”.
A medida orienta a fiscalização da imigração federal a deter e deportar imigrantes ilegais que sejam acusados de pequenos furtos, roubo de lojas, agressão a policiais ou crimes que resultem na morte ou em ferimentos graves de outra pessoa.
O projeto leva o nome de uma estudante de enfermagem do Estado da Geórgia que foi assassinada no ano passado por um homem venezuelano que estava nos EUA de forma ilegal. A morte dela se tornou um grito de protesto para os republicanos, que criticaram a abordagem de Joe Biden em relação à segurança das fronteiras.