A estrutura remanescente da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que desabou na BR-226, entre os Estados do Maranhão e Tocantins, foi demolida às 14 horas do último domingo, 2. O acesso conectava as cidades de Aguiarnópolis, no Tocantins, e Estreito, no Maranhão.
De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), a operação de implosão foi bem-sucedida. A ação foi necessária por causa da significativa instabilidade dos pilares que restavam da ponte.
Veja imagens da demolição do que restou da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira:
Foram necessários para a implosão mais de 200 kg de explosivos. O processo levou à evacuação temporária de aproximadamente 250 moradores da área. Depois da operação, os residentes puderam retornar às suas casas sem relatos de danos ou incidentes adicionais. O Dnit agora se prepara para remover cerca de 6 mil metros cúbicos de entulho resultantes do colapso da ponte.
Desmoronamento da ponte deixou 14 mortos
O desmoronamento da ponte ocorreu em 22 de dezembro e resultou em 14 mortes. Além disso, três pessoas permanecem desaparecidas. Na tragédia, equipes de bombeiros e da Marinha conseguiram resgatar apenas uma sobrevivente.
Durante o colapso, dez veículos, incluindo caminhões transportando produtos químicos como agrotóxicos e ácido sulfúrico, caíram no rio subjacente. Contudo, não houve vazamento dos materiais transportados, o que evitou uma catástrofe ambiental.
Planos de reconstrução e investigação
Com o objetivo de reconstruir a estrutura, o governo federal firmou um contrato no valor R$ 172 milhões com um consórcio de empresas. A previsão é que a nova ponte esteja pronta até o final deste ano.
Enquanto isso, a Polícia Federal, com o apoio do Dnit, iniciou uma investigação para apurar as responsabilidades pelo colapso da ponte. A apuração resultou no afastamento de alguns servidores do departamento no Tocantins.
O Brasil possui atualmente 727 pontes federais sob a tutela do Dnit que se encontram em condições críticas ou ruins, o que exige atenção para evitar novos incidentes.