Políticos brasileiros e de todo o mundo têm se manifestado sobre as eleições na Venezuela, que ocorrem neste domingo, 28. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país anunciou a vitória do ditador Nicolás Maduro com 51,2% dos votos. Entretanto, há fortes indícios de fraude. Isso porque, a soma total das urnas chega a 132,25%.
A deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) fez um tweet em que lista os países que “parabenizaram Maduro pela vitória”. Na lista estão Rússia, China, Honduras, Cuba, Bolívia e Nicarágua. A parlamentar também mostra as nações que já se pronunciaram contrárias ao resultado divulgado pelo CNE da Venezuela.
O deputado Mario Frias (PL-SP) criticou o governo de Luiz Inácio Lula da Silva de ter “endossado a fraude” da vitória de Maduro na Venezuela, a qual “o mundo inteiro assistiu”. Afirmou que há a compactuação com a “intimidação de opositores, manobras para dificultar o voto” e “observadores internacionais impedidos de atuar”.
A deputada Tabata Amaral (PSB-SP) afirmou que há “fraude eleitoral” na Venezuela, uma vez que existem “todos os motivos para crer que o resultado não corresponde ao que o povo venezuelano manifestou nas urnas”. Acrescentou que deseja que o país “inicie o quanto antes a transição da atual ditadura militar a uma democracia plena”.
O jornalista e ex-deputado Paulo Eduardo Martins também se posicionou contra o resultado divulgado pelo CNE da Venezuela e aproveitou para criticar o governo brasileiro. “Em algumas horas deve aparecer o Celso Amorim para nos ensinar a respeitar a fraude”, disse.
O ex-prefeito de Porto Alegre (RS) Ricardo Gomes sinalizou quanto à problemática do regime socialista venezuelano — definindo-o como o motivo para não haver eleições reais no país. “Se entra no socialismo pelo voto, mas não se sai do socialismo pelo voto”, analisou.
O senador Flávio Bolsonaro sinalizou que o mundo só sabe da possível fraude eleitoral por conta das “redes sociais livres” e “sem regulamento (censura) pelo governo de plantão”.
“Realidade nas redes sociais livres: ditador Maduro deixa opositores inelegíveis, proíbe cobertura internacional da imprensa, sequestra jornalistas, veta observadores estrangeiros, proíbe a oposição de entrar no CNE (TSE da Venezuela) para acompanhar a apuração dos votos, ameaça e prende opositores, proíbe venezuelanos que moram fora de votar, não fecha os locais de votação quando todos já haviam votado e outras milhões de provas de que não houve eleições livres na Venezuela”, declarou.
Críticas internacionais às eleições da Venezuela
Alguns políticos brasileiros criticaram as eleições na Venezuela, mas contextualizando o fato de outros países terem se posicionado contra o resultado e o Brasil ter ficado isento até o momento.
O deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP) destacou o fato de os presidentes Gabriel Boric (Chile) e Javier Milei (Argentina) não terem reconhecido o resultado das eleições de Nicolás Maduro.
“Já o Brasil segue em silêncio”, afirmou. “Será que Lula terá a coragem de fazer o mesmo? Ou será que ele irá fazer o que todos esperamos: baixar a cabeça para a ditadura na Venezuela por pura birra ideológica?”
Pelas redes sociais, Javier Milei pediu a saída de Maduro e afirmou que os venezuelanos “decidiram acabar com a ditadura” no país.
“Os dados apontam uma vitória acachapante da oposição, e o mundo espera o reconhecimento dessa derrota depois de anos de socialismo, miséria, decadência e morte”, afirmou. “A Argentina não vai reconhecer outra fraude e espera que as Forças Armadas defendam a democracia e a vontade popular desta vez.”
O empresário Elon Musk, dono do Twitter/X, também se manifestou sobre as eleições da Venezuela. Definiu o episódio como a “grande fraude eleitoral de Maduro”. Os Estados Unidos não reconheceram a vitória do ditador.