Os policiais que investigam a execução do Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, morto no Aeroporto de Guarulhos nesta sexta-feira, 8, suspeitam da atitude da própria equipe de seguranças que fazia a escolta do empresário.
De acordo com as autoridades, os seguranças afirmaram que o carro que buscaria o Gritzbach no aeroporto, um Volkswagen Amarok, quebrou no caminho. Por isso, somente um deles foi fazer a escolta do empresário, utilizando um GM Trailblazer. Os outros três homens ficaram onde a Amarok teria apresentado problemas.
Ao todo, quatro policias militares eram responsáveis pela proteção do empresário: Leandro Ortiz, 39, Adolfo Oliveira Chagas, 34, Jefferson Silva Marques de Sousa, 29, e Romarks César Ferreira de Lima, 35.
Um investigador disse à TV Globo que o mais lógico teria sido eles deixarem o carro quebrado para trás e os quatro seguranças irem ao aeroporto buscar o homem, e não três deles protegerem um suposto carro quebrado. Gritzbach era muito visado por ter sido delator de práticas criminosas do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Polícia apreendeu celular de empresário e de equipe de seguranças no aeroporto
A polícia apreendeu o celular do empresário no local do crime para perícia. As informações coletadas podem ajudar na apuração a partir da troca de mensagens entre Gritzbach e sua equipe de segurança.
Câmeras de segurança do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, registraram o momento em que Antonio Vinicius Lopes Gritzbach foi executado nesta sexta-feira, 8. O empresário delatou esquemas de lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC). pic.twitter.com/woX7mMaL5J
— Revista Oeste (@revistaoeste) November 9, 2024
Os seguranças de Gritzbach prestaram depoimento e também tiveram os celulares apreendidos para análise pela 3ª Delegacia de Atendimento ao Turista (Deatur). A Corregedoria da Polícia Militar também vai abrir uma investigação para avaliar a conduta dos agentes.
Os investigadores acreditam que o empresário vinha sendo monitorado desde a saída de Goiás, uma vez que os criminosos sabiam o horário em que ele desembarcaria. A suspeita é que os atiradores foram avisados sobre o desembarque para que o ataque fosse executado quando ele deixasse o saguão do aeroporto.