A polícia realizou uma operação na noite desta quarta-feira, 13, em uma casa que Francisco Wanderley Luiz, o homem-bomba, havia alugado em Ceilândia, no Distrito Federal. Ele havia alugado o imóvel antes de detonar dois explosivos em Brasília.
Durante a ação, os agentes recolheram materiais. Esses itens poderão esclarecer o planejamento do ataque. Além disso, ajudarão a investigar se o homem-bomba, natural de Santa Catarina, recebeu ajuda de outras pessoas para executar o crime.
A principal linha de investigação revela que, com distúrbios mentais, o homem-bomba agiu sozinho no ataque, no qual acabou tirando a própria vida. Os explosivos foram detonados nas imediações do Supremo Tribunal Federal (STF) e da Câmara dos Deputados.
Ceilândia é uma das regiões administrativas mais densamente povoadas do Distrito Federal. Ela tem aproximadamente 350 mil habitantes e fica a cerca de 30 quilômetros da Praça dos Três Poderes. Na região, é possível alugar imóveis por valores significativamente mais baixos do que no Plano Piloto, onde estão situadas as sedes dos Três Poderes.
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O autor do atentado, que se explodiu, usava roupas que possivelmente remetiam ao personagem Coringa, vilão das histórias em quadrinhos. Ele vestia uma calça e um terno com estampas de naipes de cartas com fundo verde-escuro. Além disso, ao lado de seu corpo, encontraram um chapéu branco.
O homem-bomba já tinha passagem pela polícia
Suspeito de cometer o atentado contra o STF, Francisco tinha passagem pela polícia. Ele foi preso em dezembro de 2012 por cometer uma contravenção penal.
Francisco pagou fiança. Um mês depois, contudo, em 2013, o Ministério Público apresentou uma denúncia do crime. Durante o período, o chaveiro ficou em liberdade. Em seguida, decretaram sua prisão-albergue.
Em agosto de 2014, o tribunal revogou a condenação, depois de o processo transitar em julgado, e o Ministério Público extinguiu a pena. Assim, Francisco pôde se candidatar a vereador em 2020, na cidade em que nasceu, já com a ficha limpa. Francisco declarou ao Tribunal Superior Eleitoral ter R$ 263 mil em bens, incluindo um apartamento, três carros e uma moto.