A polícia indiciou sete funcionários e as unidades da rede de petshop Cobasi pela morte de quase 200 animais durante inundações em Porto Alegre. A matriz em São Paulo também foi denunciada.
O indiciamento acontece conforme a Lei de Crimes Ambientais, que estabelece pena de detenção de três meses a um ano e multa para quem comete maus-tratos contra animais.
A delegada Samieh Saleh, que está à frente do caso, apontou falta de preparo da empresa, que “não possuía um plano de contingência para proteger os pets”. Quase 200 bichos, incluindo aves, roedores e peixes, morreram nas lojas inundadas.
“Fica demonstrado um total despreparo de uma rede que lida com animais vivos, que se propõe a promover seu bem-estar”, analisou a titular da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, que integra Departamento Estadual de Investigações Criminais do Estado.
Segundo a delegada, os profissionais não souberam lidar com a situação e, portanto, não prestaram o suporte necessário diante dos alertas sobre a enchente. Além disso, ela aponta que não buscaram formas de retirar os animais das lojas depois do alagamento.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) notificou a petshop de Porto Alegre, acusando o estabelecimento de “maus-tratos a animais”. Segundo o órgão, a empresa manteve animais domésticos no subsolo durante enchentes.
Veja o vídeo da ação dos agentes do Ibama na empresa:
Indignação e defesa da Cobasi
A Cobasi declarou estar “indignada” e garantiu que todas as medidas foram tomadas para garantir a segurança dos animais. Em depoimento, os gerentes das lojas gaúchas afirmaram que deixaram comida e água em maior quantidade aos animais, A empresa informou ainda que os animais foram colocados em locais elevados, mas a água atingiu 3,5m.
Outros responsáveis pelo petshop Bicharada também foram indiciados por deixarem animais para trás durante a inundação. Animais foram resgatados com vida, mas em condições precárias de higiene, segundo a polícia. Os responsáveis alegaram que estavam resgatando os animais aos poucos.