sexta-feira, julho 5, 2024
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Polícia Federal tem plano para colher depoimento do delegado preso por participação no assassinato

A equipe da Polícia Federal (PF) responsável pela investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, já sabe como responder ao pedido que o delegado Rivaldo Barbosa fez para depor o quanto antes à corporação.

Na segunda-feira 29, em petição enviada ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a defesa afirmou que, apesar de haver determinação para que os delegados ouvissem os investigados depois das prisões, isso não ocorreu.

Contudo, segundo o jornal O Globo, a Polícia Federal deve ouvir Rivaldo Barbosa somente depois de analisar todo o material apreendido na operação de 24 de março. Naquele dia, a corporação prendeu os supostos mandantes do assassinato da vereadora. A PF tem até o dia 24 de maio para entregar o documento complementar a Alexandre de Moraes.

O relatório deve fundamentar a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) para o caso. A acusação se baseia na delação do ex-policial militar do Rio de Janeiro Ronnie Lessa, assassino confesso de Marielle Franco.

A investigação do caso de Marielle Franco

Além do delegado, foram presos, em março, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Domingos Brazão e seu irmão, o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), acusados de serem os “mentores” do crime.

Domingos Brazão, seu irmão Chiquinho Brazão e Rivaldo Barbosa. Os três foram presos pelo assassinato de Marielle Franco | Foto: Alerj/ABr/ Câmara Deputados
Domingos Brazão (à esquerda do leitor), seu irmão Chiquinho Brazão (ao centro) e Rivaldo Barbosa (à direita do leitor). Os três foram presos pelo assassinato de Marielle Franco | Foto: Alerj/ABr/ Câmara Deputados

De acordo com a Polícia Federal, Barbosa teria orientado o planejamento do assassinato. Ele, inclusive, teria proibido que a execução de Marielle ocorresse nas imediações da Câmara de Vereadores do Rio.

Barbosa também é acusado de obstruir as investigações na chefia da Delegacia de Homicídios (DH), da qual tomou posse na véspera do crime. Em seu depoimento, Ronnie Lessa diz que os irmãos Brazão afirmavam que a “DH tá na mão” e que “o Rivaldo é nosso”.

Também foram alvo da “Operação Murder”, que investiga o caso de Marielle Franco, outras pessoas que ainda estão soltas, como o delegado Giniton Moraes Lage e a mulher de Rivaldo, Érika Andrade de Almeida Araújo. Érika seria a “testa de ferro” de Barbosa, com empresas de fachada usadas para lavagem de dinheiro do esquema do marido.

Os investigadores buscam por mais indícios e evidências de como funcionou a ação para matar Marielle Franco e Gomes. A menos que Alexandre de Moraes ordene expressamente que o depoimento ocorra logo, Rivaldo Barbosa vai ter de esperar.

Via Revista Oeste

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