sexta-feira, setembro 20, 2024
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Polícia Federal realiza nova operação sobre uso da Abin

A Polícia Federal (PF) realiza nesta quinta-feira, 11, a quarta fase da Operação Última Milha. A ação busca desmantelar uma suposta organização criminosa que monitorava ilegalmente autoridades públicas e produzia notícias falsas, utilizando sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Ao todo, os policiais cumprem cinco mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nas cidades de Brasília, Curitiba, Juiz de Fora, Salvador e São Paulo.

Entre os alvos, estão ex-servidores cedidos à Abin e influenciadores digitais ligados ao chamado “gabinete do ódio”, atrelado ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Até o momento, quatro prisões foram efetuadas: Giancarlo Gomes Rodrigues; ⁠Matheus Sposito, que foi assessor da Secretaria de Comunicação Social (Secom) no governo passado; ⁠Marcelo de Araújo Bormevet, policial federal e Richards Dyer Pozzer.

As investigações indicam que membros dos Três Poderes e jornalistas foram alvo do grupo, que criava perfis falsos e divulgava fake news.

A organização também teria, segundo a PF, acessado ilegalmente computadores, telefones e infraestruturas de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos.

“Os investigados podem responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio”, informou a PF, em nota.

Abin teria usado programa para monitorar alvos, diz Polícia Federal

Segundo a Polícia Federal, a Abin teria utilizado o programa secreto FirstMile para monitorar a localização de alvos por meio de celulares. A PF abriu um inquérito para investigar essa prática.

Policiais federais, servidores da Abin, o ex-diretor da agência Alexandre Ramagem e o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL-RJ) estão sob investigação por suposta participação na “Abin paralela”. Ambos negam envolvimento nos crimes.

A Abin declarou ser a maior interessada na apuração dos fatos e diz que está colaborando com as investigações.

Via Revista Oeste

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