sábado, setembro 28, 2024
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Polícia Federal prende duas pessoas no TO

A Polícia Federal (PF) prendeu, nesta sexta-feira, 23, duas pessoas durante a Operação Máximus, que investiga uma suposta venda de sentenças no Tocantins

Entre os detidos está Thales André Pereira Maia, filho do ex-presidente do Tribunal de Justiça do Tocantins, desembargador Helvécio de Brito Maia Neto. O segundo preso, o advogado Thiago Sulino de Castro, teria conexões com o gabinete de uma desembargadora, cujo nome não foi revelado.

Aurideia Pereira Loiola Dallacqua, procuradora geral de prerrogativas da Ordem dos Advogados do Tocantins, afirmou ao site g1 que a “OAB não teve acesso ao teor das decisões e está atuando tão somente no que se refere à garantia das prerrogativas dos advogados”. A polícia não detalhou o papel de ambos os acusados no esquema.

Desembargadores do Tocantins são alvos da operação 

Além dos mandados de prisão, a operação cumpriu 60 ordens de busca e apreensão. Entre os alvos estavam gabinetes de juízes no Fórum de Palmas (TO) e de desembargadores na sede do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO).

Durante as buscas, os agentes apreenderam armas na casa do desembargador João Rigo, atual presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO). Em nota, o TRE-TO informou que não é alvo da operação.

PF investiga advogados e procuradores

A PF também investiga advogados e procuradores do governo do Tocantins. O TJTO afirmou ao g1 que forneceu todas as informações necessárias e está à disposição para prestar esclarecimentos. O governo do Estado declarou que não teve acesso aos autos e não se manifestará por enquanto.

Mandados foram cumpridos em diversos endereços em Palmas. Os agentes realizaram a operação em escritórios de advocacia e em Estados como Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Distrito Federal (DF).

A Operação Máximus também determinou medidas cautelares como afastamento de cargos públicos, sequestro e indisponibilidade de bens, direitos e valores dos envolvidos.

Operação Máximus

A investigação apura crimes de corrupção ativa, exploração de prestígio, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O nome da operação faz referência ao personagem Máximus, do filme Gladiador, que lutou contra a corrupção na cúpula do poder no Império Romano.

Há três dias, a PF realizou outra Operação no Tocantins. A corporação investigou desvio de dinheiro público por meio da distribuição de cestas básicas durante a pandemia de covid-19. 

A PF apreendeu o dinheiro no Palácio Araguaia e na casa do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), que é um dos alvos, além de seus dois filhos e a primeira-dama. Todos negam envolvimento.

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Via Revista Oeste

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